Mercado segue firme e com negócios em ritmo lento

17 de março de 2011

De maneira geral os compradores seguem cautelosos, evitando abrir preços mais altos para a arroba do boi gordo e assim o negócios ainda vão acontecendo em ritmo lento. Assim o indicador a prazo foi cotado a R$ 107,79/@, registrando alta de 0,92% na semana.

De maneira geral os compradores seguem cautelosos, evitando abrir preços mais altos para a arroba do boi gordo e assim o negócios ainda vão acontecendo em ritmo lento. Assim o indicador Esalq/BM&FBovespa boi gordo à vista acumulou alta de 0,18%, sendo cotado a R$ 105,75/@ na última quarta-feira.

O indicador a prazo foi cotado a R$ 107,79/@, registrando alta de 0,92% na semana. Em relação ao mês passado a valorização acumulada é de 1,40%. Já na comparação com o mesmo período do ano passado, este indicador está 35,11% mais alto.

Tabela 1. Principais indicadores, Esalq/BM&FBovespa, relação de troca, câmbio

No mercado físico, alguns frigoríficos comentam que estão conseguindo alongar suas escalas, mas de maneira geral a oferta ainda é curta e os compradores têm dificuldade para abaixar os preços.

Segundo o Cepea, a oferta inferior à demanda continua sustentando os valores. Quanto à arroba negociada no mercado paulista, as compras seguem em ritmo lento, visto que muitos frigoríficos alegam dificuldade para fechar as contas devido aos elevados preços do boi.

Como está o mercado na sua região? Utilize o formulário para troca de informações sobre o mercado do boi gordo e reposição informando preços e o que está acontecendo no mercado de sua região.

O leitor do BeefPoint, Felipe Faggioni, de Franca/SP, comentou que o mercado do boi gordo segue firme sempre com interesse do comprador de pagar menos. “O vendedor não entrega e os preços estão como sanfona, desce 2 até 5 reais numa semana, mas logo em seguida volta”. Ele também informou que “nos leilões de gado de reposição, os preços continuam no mesmo patamar dos meses anteriores. Temos um aumento na procura por animais, mas ao mesmo tempo estamos tendo uma maior oferta, logo temos um situação estável”.

Na reposição o indicador Esalq/BM&FBovespa bezerro MS à vista foi cotado a R$ 737,16/cabeça, com valorização de 2,15% na semana. A relação de troca recuou para 1:2,37 e a margem bruta na reposição – representa o resultado da operação de venda de um boi gordo (16,5@) e compra de um bezerro – está em R$ 1007,72, 1,22% abaixo do valor calculado na semana passada, mas 53,35% melhor do que há um ano.

Gráfico 1. Indicador Esalq/BM&FBovespa bezerro MS à vista (R$/cabeça) x margem bruta na reposição (R$)

No mercado futuro todos os vencimentos acumularam valorização durante a semana. O primeiro vencimento, março/11, fechou a R$ 105,13/@ no pregão da última quarta-feira (+R$ 0,86). Os contratos que vencem em outubro/11 – considerado o pico da entressafra – registraram alta de R$ 0,78 na semana, fechando a R$ 105,85/@, muito próximo dos valores negociados atualmente e dificultando a decisão de fazer hedge ou não dos confinadores.

Gráfico 2. Indicador Esalq/BM&FBovespa e contratos futuros de boi gordo (valores à vista), em 09/03/11 e 16/03/11

O atacado da carne bovina também registrou alta durante a última semana. Segundo o Boletim Intercarnes, apesar das ofertas de carne com ossoe não apresentarem volumes expressivos, o mercado ainda é bastante instável, indefinido e truncado, com relação a procura. Isto basicamente acontece em função das vendas, principalmente no varejo estarem mais reduzidas. O que já era esperado por estarmos na 2ª quinzena do mês.

No atacado paulista, o equivalente físico foi cotado a R$ 100,89/@ acumulando valorização de 3,27% na semana. Diante desta alta, o spread (diferença) entre indicador de boi gordo e equivalente recuou para R$ 4,86/@.

Tabela 2. Atacado da carne bovina