Os compradores seguem pressionando e os preços da arroba apresentaram novos recuos. O indicador Esalq/BM&FBovespa boi gordo à vista foi cotado a R$ 76,34/@, com desvalorização de R$ 0,21. O indicador a prazo registrou variação negativa de R$ 0,33, sendo cotado a R$ 77,34/@.
Os compradores seguem pressionando e os preços da arroba apresentaram novos recuos. O indicador Esalq/BM&FBovespa boi gordo à vista foi cotado a R$ 76,34/@, com desvalorização de R$ 0,21. O indicador a prazo registrou variação negativa de R$ 0,33, sendo cotado a R$ 77,34/@.
Tabela 1. Principais indicadores, Esalq/BM&F, relação de troca, câmbio
A BM&FBovespa fechou em baixa com todos os vencimentos apresentando retração. Agosto/09, fechou a R$ 76,86/@, com queda de R$ 0,29, no último dia de negociação. Os contratos que vencem em outubro/09 registraram retração de R$ 0,92, fechando a R$ 80,40/@, com 3.440 contratos negociados e 14.918 contratos em aberto.
Tabela 2. Fechamento do mercado futuro em 31/08/09
Gráfico 1. Indicador Esalq/BM&FBovespa boi gordo à vista x contratos futuros para outubro/09
Comentando o artigo, “Preços em queda e oferta reduzida. O que está acontecendo neste mercado?”, o leitor do BeefPoint, Flavio Abdo Saraiva Santos, nos enviou a seguinte carta:
“Nós pecuaristas que trabalhamos com cria, recria ou engorda temos que analisar a viabilidade do negócio. Estamos passando por um ano onde o preço da reposição está cara, o boi barato e a arroba produzida na entressafra (confinamento ou semi-confinamento) cara também. Temos que analisar que se deixarmos esses bois engordarem a pasto para abril ou maio à R$77,00 por arroba vai ser realmente mais rentável que abatermos em outubro deste ano a R$80,00 por arroba.
Pelas minhas contas vale mesmo a pena segurarmos os bois, pois estaremos vendendo um boi mais pesado (21@) aproximadamente, sete meses de engorda a pasto, a preços mais baixos, mas que nos vai render mais devido ao baixo custo da engorda a pasto. Estaríamos abatendo um boi em outubro de R$80,00 x 17@=R$1.360,00 e em maio, base preço futuro (R$77,50) = R$77,50×21@=R$1.627,50, ou seja, R$267,50 a mais por boi, um ganho de 19,63% em relação à venda em outubro”.
No mercado da carne a demanda continua enfraquecida. Segundo estudo da Associação Brasileira de Frigoríficos (ABRAFRIGO) sobre o comportamento dos preços da carne bovina, as margens do varejo continuam bastante altas e impedem uma queda maior nos preços do produto ao consumidor.
No atacado, os preços dos três cortes primários permaneceram inalterados, com traseiro sendo cotado a R$ 6,00, o dianteiro a R$ 4,10 e a ponta de agulha a R$ 3,80. O equivalente físico foi calculado em R$ 74,60/@. Com o preço do boi gordo em baixa, o spread (diferença) entre indicador e equivalente voltou a recuar, ficando em R$ 1,75/@.
Gráfico 2. Indicador Esalq/BM&FBovespa boi gordo à vista x equivalente físico
Na reposição, o indicador Esalq/BM&FBovespa bezerro MS à vista foi cotado a R$ 606,29/cabeça, com alta de R$ 3,67. A relação de troca recuou para 1:2,08.
André Camargo, Equipe BeefPoint
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Concordo com o Flavio Abdo Saraiva Santos que temos que analisar a viabilidade do negócio, mas devemos tambem fazer a conta do custo do suplemento destes animais para atravessar o restante do periodo seco, para que estes animais nao “escorra” o peso na entrada das águas.
Levando em conta tambem que abatendo estes animais agora e conseguindo fazer a reposição, com a retirada do boi gordo com a mesma lotação na fazenda com mais animais devido ao peso vivo dos bezerros ser inferior à do boi, teremos um ganho de @ produzida por ha bem superior.
Temos que ter cautela na hora de contabilizar estes dados analisados pelo Sr. Flávio. Como comentou muito bem o meu chará Eduardo Mendes: O custo da pastagem, do sal mineral, do manejo, dos salários e dos outros gastos somados ao período da seca – na qual o boi gordo não terá um ganho efetivo – comparado com a maior capacidade do bezerro em transformar capim em peso deve ser muito bem avaliado.