Mercado Físico do Boi – 18/07/07
18 de julho de 2007
Adaptação de bovinos ao sistema de alimentação em confinamento
20 de julho de 2007

Mercado segue valorizado, BM&F indica alta nas próximas semanas

O mercado do boi teve nova semana de valorização, com o indicador Esalq/BM&F se valorizando 1%, cotado a R$ 61,47/@ à vista. O bezerro se valorizou menos (0,3%), cotado a R$ 434,06/cabeça (indicador MS), elevando a relação de troca para 1:2,34. O mercado segue comentando o alto preço da reposição, mas a relação de troca indica um cenário em 2007 similar a 2006 para o invernista. Há um ano a relação de troca era de 1:2,32. Para as próximas semanas espera-se preços superiores aos atuais, com a BM&F indicando valores a vista de R$ 61,80/@ e R$ 62,69/@ para o final de julho e agosto, respectivamente. Os preços para setembro, outubro e novembro são superiores, como pode ser observado no gráfico abaixo. Vale lembrar que o volume de negócios de boi a termo vem crescendo muito, o que deve alongar as escalas dos frigoríficos a partir de setembro, aumentando a possibilidade de reduções de preço, como ocorreu em 2006, a partir da segunda quinzena de outubro.

O mercado do boi teve nova semana de valorização, com o indicador Esalq/BM&F se valorizando 1%, cotado a R$ 61,47/@ à vista. O bezerro se valorizou menos (0,3%), cotado a R$ 434,06/cabeça (indicador MS), elevando a relação de troca para 1:2,34. O mercado segue comentando o alto preço da reposição, mas a relação de troca indica um cenário em 2007 similar a 2006 para o invernista. Há um ano a relação de troca era de 1:2,32. O dólar segue se desvalorizando, cotado a R$ 1,860, queda de 1,54% na semana e 2,3% nos últimos 30 dias.

Tabela 1. Principais indicadores, Esalq/BM&F, relação de troca, câmbio


Gráfico 1. Indicador Esalq/BM&F em R$ e US$, desde 20/março/06


Gráfico 2. Indicador Esalq/BM&F bezerro MS e relação de troca, desde 20/março/06


Para as próximas semanas espera-se preços superiores aos atuais, com a BM&F indicando valores a vista de R$ 61,80/@ e R$ 62,69/@ para o final de julho e agosto, respectivamente. Os preços para setembro, outubro e novembro são superiores, como pode ser observado no gráfico abaixo. Vale lembrar que o volume de negócios de boi a termo vem crescendo muito, o que deve alongar as escalas dos frigoríficos a partir de setembro, aumentando a possibilidade de reduções de preço, como ocorreu em 2006, a partir da segunda quinzena de outubro. É importante analisar como será sua venda de gado gordo nesse período.

Gráfico 3. Indicador Esalq/BM&F e contratos futuros do boi gordo (valores à vista), em 18/07/07


No atacado da carne bovina, a semana foi de forte baixa, com recuo dos três cortes primários, levando a queda de 4,07% no equivalente físico. O spread (diferença) entre o equivalente físico e indicador do boi gordo subiu para R$ 7,74/@ (alta de R$ 2,88 na semana) reduzindo a margem bruta dos frigoríficos. Esse é um fator que tende a pressionar os preços do boi gordo. No mercado da vaca, o spread (diferença) entre o preço da carne no atacado e a arroba estava bem pequena, chegando a próximo de zero, e aumentou muito nas duas últimas semanas (leia o artigo “Vaca gorda: preços continuam firmes e procura intensa“).

Tabela 2. Cotações no atacado de carne bovina


Gráfico 4. Indicador Esalq/BM&F boi gordo x equivalente físico


No mercado externo, a Argentina espera retomar o acesso ao mercado dos EUA para carne bovina não processada em 2008, o que vai incomodar a Austrália. Esse é um mercado que poderia ser acessado pelo Brasil, não é devido à aftosa. Santa Catarina pode servir de exemplo e inspiração. Ainda no mercado externo, na próxima semana uma missão brasileira irá ao Chile para discutir novamente o embargo às carnes. O secretário de relações internacionais do Ministério da Agricultura, Célio Porto, acredita em bons resultados com a argumentação para o setor de suínos e frangos, mas não está confiante em relação à carne bovina.

Outra informação interessante para a pecuária de corte é que o Mapa irá coibir a produção de cana nos biomas da Amazônia e do Pantanal. A produção de cana será incentivada nas áreas degradas por pastagens.

O BeefPoint tem recebido um número crescente de comentários e informações de leitores de todas as regiões do Brasil. Esses comentários têm ajudado muito a melhorar as cotações e artigos sobre mercado. Como está o mercado de gado gordo e reposição em sua região, em relação a preços, oferta e demanda e número de negócios efetivados?

0 Comments

  1. Ovidio Brito disse:

    Parabéns pelas análises gráficas. A que mais me impressiona é a que mostra a evolução do equivalente físico e o indicador do boi gordo – revela a queda de braço entre os verdadeiros vilões(o varejo) e o setor frigorífico. Mas quem manda mesmo no mercado hoje é o produtor de bezerros.

    Até que enfim.