O Ministro da Agricultura informou ontem, em entrevista a emissoras de rádio, que parte dos recursos do Fundo para o Desenvolvimento do Mercosul pode ser usada para a implementação de uma campanha continental de erradicação da febre aftosa.
O Ministro da Agricultura informou ontem, em entrevista a emissoras de rádio, que parte dos recursos do Fundo para o Desenvolvimento do Mercosul pode ser usada para a implementação de uma campanha continental de erradicação da febre aftosa.
Segundo o Ministro, já foram realizadas algumas reuniões com ministros da agricultura do Mercosul para discutir o assunto e o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Luiz Fernando Furlan, irá propor o uso de parte dos recursos do Fundo na 32ª Reunião do Conselho do Mercado Comum e Cúpula de Chefes de Estado do Mercosul.
O Ministro enfatizou na entrevista que o poder público tem o dever de formular e supervisionar a execução das políticas sanitárias, mas os pecuaristas também devem cumprir o seu papel. Guedes afirmou que “é uma ilusão imaginar que as secretarias de agricultura podem supervisionar a vacinação de cada animal dos 200 milhões do nosso rebanho”. “É também uma ilusão imaginar que teremos condições de fiscalizar toda a fronteira do país”, disse.
Segundo o ministro, a América do Sul é responsável por 40% das exportações mundiais da carne bovina, sendo o Brasil e a Argentina os países que mais vendem. “Mas a aftosa é um limitante. Não temos acesso a alguns mercados mundiais, como Japão e Coréia, exatamente por causa da febre aftosa”, completou.
As informações são da Agência Brasil.
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O Ministro da Agricultura, nesta mesma entrevista a emissoras de rádio, disse que o Brasil precisa de uma política duradoura, homogênea e que garanta sobrevivência e competitividade aos produtores; assim sendo só podemos dizer que, acrescentando esta notícia sobre o possível engajamento dos países do Mercosul no combate à aftosa, que o povo – a saber os produtores, estão clamando aos brados: “Mãos à obra” Sr. Ministro, pois o tempo urge e o santo é de barro.
Com somente em torno de 20% do orçamento da agricultura gasto no ano passado (vide “contas abertas”) no combate à febre aftosa, ainda mais podendo contar com as forças militares para o combate ao contrabando, tenho algumas sugestões para fazer, pois afinal criticar e não dar sugestões é fácil: primeiro o Ministério deveria preencher os postos de vigilância já existentes e exigir dos estados a mesma providência, pois alguns, para ser otimista, estão desativados ou funcionam precariamente; exigir responsabilidade técnica veterinária na vacinação, assim como é exigido em pequenas lojas de ração, já que alguns produtos têm a receita veterinária exigida, deveria ser também exigido o atestado firmado por profissional da área; exigir dos abatedouros a inspeção da “cicatriz” vacinal, anotada na mesma planilha onde é anotada a inspeção do linfonodo pré-escapular, local próximo à da aplicação da vacina no pescoço do bovino, local este que, via dispositivo legal, deve ser obrigatório para aplicação da vacina.
A medida mais profunda, e menos provável de ser posta em prática, numa época em que vivenciamos o pleno vigor clientelista instaurado em muitas esferas do poder, seria a despolitização da chefia dos setores federais e estaduais dos órgãos da Agricultura, mas … como consta do mais arrebatador dos ditos populares, cada povo tem o governo que merece.