Apesar dos recuos observados nos últimos 7 dias, a oferta de animais segue restrita, as escalas permanecem curtas e poucos negócios foram efetivados. Nesta semana o indicador Esalq/BM&FBovespa boi gordo à vista acumulou desvalorização de 0,49%, sendo cotado a R$ 104,18/@ na última quarta-feira. O indicador a prazo foi cotado a R$ 105,68/@, com recuo de 0,47%.
Nesta semana o indicador Esalq/BM&FBovespa boi gordo à vista acumulou desvalorização de 0,49%, sendo cotado a R$ 104,18/@ na última quarta-feira. O indicador a prazo foi cotado a R$ 105,68/@, com recuo de 0,47% no período analisado (30/03 a 06/04).
Tabela 1. Principais indicadores, Esalq/BM&FBovespa, relação de troca, câmbio
Apesar dos recuos observados nos últimos 7 dias, a oferta de animais segue restrita, as escalas permanecem curtas e poucos negócios foram efetivados. Segundo os pesquisadores do Cepea, “os preços no mercado paulista continuam firmes mesmo com a pressão exercida por frigoríficos”. Já nas demais regiões acompanhadas pelo Cepea, os preços da arroba caíram em quase todas, com exceção de Cuiabá/MT, Colider/MT e Campo Grande/MS.
Conforme pesquisadores do Cepea, a indústria frigorífica segue alegando que o mercado atacadista de carne está resistente em comprar o produto nos preços atuais. Dessa forma, frigoríficos ficariam “impedidos” de reajustar os patamares da arroba do boi. De fato, neste início de mês, período em que a demanda tende a aumentar, os preços no atacado registram apenas pequenos aumentos.
Segundo o Boletim Intercarnes, não existem mudanças significativas no comportamento do mercado da carne com relação a preços. A procura ainda que não decolou como previsto para o início de mês. Já a oferta, no contexto geral seguem regulares, porém não apresentando excesso de mercadoria. A tendência é de manutenção da estabilidade,e preços mais firmes nos próximos dias.
No atacado da capital paulista, o equivalente físico foi calculado em R$ 96,32/@, acumulando alta de 1,23% na semana. O spread (diferença) entre indicador de boi gordo e equivalente recuou para R$ 7,87/@, mas ainda está acima da média dos últimos 12 meses que é de R$ 5,33/@.
Tabela 2. Atacado da carne bovina
No mercado futuro, todos os contratos de boi gordo negociados na BM&FBovespa registraram valorização durante a última semana. O primeiro vencimento, abril/11, fechou a R$ 102,83/@ na última quarta-feira com variação positiva de R$ 1,83 na semana. Outubro/11 teve alta de R$ 0,94, fechando o pregão valendo R$ 104,29/@.
Gráfico 1. Indicador Esalq/BM&FBovespa e contratos futuros de boi gordo (valores à vista), em 30/04/11 e 06/04/11
Na reposição, o indicador Esalq/BM&FBovespa bezerro MS à vista foi cotado a R$ 781,49/cabeça, com valorização de 1,07% na semana. A relação de troca recuou para 1:2,20.
O leitor do BeefPoint, Nelson Jesus Saboia Ribas, informou através do formulário de cotações do BeefPoint que em Maringá/PR, o bezerro Nelore desmamado com aproximadamente 180 kg está sendo negociado a R$ 750,00.
Exportações de carne bovina in natura
Segundo dados preliminares divulgados pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), nos 20 dias úteis de março, os exportadores brasileiros enviaram ao exterior 79.600 toneladas de carne bovina in natura, responsáveis pela receita de US$ 393,1 milhões.
Este resultado é 21,07% superior à receita apurada em fevereiro passado e 34,37% maior do que o registrado em março de 2010. O volume exportado em março passado foi 18,84% maior que o de fevereiro, mas ainda está 0,74% abaixo do embarcado no mesmo mês do ano passado.
Tabela 3. Exportações brasileiras de carne bovina in natura
Isso indica que neste começo de ano o produto brasileiro está mais valorizado no mercado internacional. No mês passado o preço médio da carne bovina in natura brasileira exportada foi de US$ 4.938/tonelada.
Gráfico 2. Preço médio da carne bovina in natura brasileira exportada
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As poucas exportações que estão ocorrendo devem-se apenas a pouca demanda do mercado interno,os preços de exportação são ruins em relação aos custos,porém é necessário exportar para não deixar os preços ficarem ainda mais depressivos no mercado interno.
Existe grande desanimo por parte de nossas indústrias,entretanto é importante observamos que estamos em plena quaresma,o preço dos pescados,em relação aos preços dos bovinos são mais atraentes,igualmente das aves e suínos.
O nível de endividamento da população também é alto,os atrasos em pagamentos,as devoluções de cheques,o não cumprimento de pagamentos a cartões de créditos,como é noticiado fartamente,estão aumentando.
Por outro lado ainda temos as altas margens dos supermercados,margens que tronam os ainda mais altos os preços dos cortes quando as donas de casa compram as carnes ofertadas por estes supermercados e têm que fazer grande limpeza que impõem perdas de aproximados 25% antes das preparações,e a economia domestica é implacável.
Saudações auspiciosas,
EVÁNDRO D. SÀMTOS.