Conforme observamos durante todo o mês de janeiro, na última semana o mercado do boi gordo seguiu trabalhando com oferta enxuta e volume de negócios considerado baixo. Os frigoríficos tem evitado reajustar os preços pago pela arroba do boi diante do movimento do atacado da carne, que seguiu fraco durante o mês passado. Do outro lado os pecuaristas não aceitam os preços mais baixos ofertados e evitam vender seus lotes tentando negociar melhor.
Conforme observamos durante todo o mês de janeiro, na última semana o mercado do boi gordo seguiu trabalhando com oferta enxuta e volume de negócios considerado baixo. Os frigoríficos tem evitado reajustar os preços pago pela arroba do boi diante do movimento do atacado da carne, que seguiu fraco durante o mês passado. Do outro lado os pecuaristas não aceitam os preços mais baixos ofertados e evitam vender seus lotes tentando negociar melhor.
O indicador Esalq/BM&FBovespa boi gordo à vista foi cotado a R$ 102,15/@ na última quarta-feira, acumulando recuo de 0,54% na semana. O indicador a prazo registrou queda maior no período analisado (-1,78%), sendo cotado a R$ 102,99/@. Os compradores paulistas estão tentando comprar animais abaixo dos R$ 100,00/@, mas parecem não estar tendo sucesso nestas investidas e o volume de negócios neste patamares é pequeno.
Tabela 1. Principais indicadores, Esalq/BM&FBovespa, relação de troca, câmbio
Agentes do mercado do boi gordo comentam que apesar dos frigoríficos estarem tentando apregoar preços mais baixos as escalas seguem reduzidas e em São Paulo essa semana chegaram a ocorrer negócios a R$ 104,00, com prazo de 30 dias.
Diante da dificuldade em realizar negócios nos preços pretendidos pela indústria em São Paulo, muitos frigoríficos paulistas estão completando suas escalas com animais de fora do Estado e assim conseguido evitar novas altas.
Breno Maia, fez o seguinte comentário no Twitter: “em SP abaixo de R$ 100,00/@ à vista não compra, isso é fato. Boi de R$ 95,00/@ à vista no MS não faz fartura, e os abates estão reduzidos”.
O leitor do BeefPoint, Frederico Medeiros de Souza comentou que “no sul do Pará, os frigoríficos estão tentando impor pressão baixista forte. A arroba de vaca com 30 dias está valendo R$77,00 hoje”.
Como está o mercado na sua região? Utilize o formulário para troca de informações sobre o mercado do boi gordo e reposição informando preços e o que está acontecendo no mercado de sua região.
Na BM&FBovespa, todos os vencimentos apresentaram alta durante a semana. O primeiro vencimento, fevereiro/11, fechou a R$ 102,37/@ na última quarta-feira, acumulando valorização de R$ 0,85 na semana. Outubro/11 teve valorização de R$ 1,89, fechando a R$ 103,90/@.
Gráfico 1. Indicador Esalq/BM&FBovespa e contratos futuros de boi gordo (valores à vista), em 26/01/11 e 02/02/11
Segundo o Boletim Intercarnes, o mercado segue estável e com procura mais ativa por parte dos distribuidores, visando compras parao final e início de semana. As ofertas não apresentam volumes excedentes, porém não existe falta de mercadorias. Para os próximos dias a tendência é de preços mais firmes e ajustados, pois a expectativa de recuperação nas vendas é bem otimista e as ofertas não devem apresentar volumes expressivos.
No atacado paulista o equivalente físico foi calculado em R$ 96,21/@, acumulando alta de 3,43% na semana. O spread (diferença) entre indicador e equivalente recuou para R$ 5,94/@.
Tabela 2. Atacado da carne bovina
Gráfico 2. Indicador Esalq/BM&FBovespa boi gordo à vista x equivalente físico
Na reposição os negócios também seguem em ritmo lento. O indicador Esalq/BM&FBovespa bezerro MS à vista foi cotado a R$ 707,31/cabeça, com valorização de 1,01% na semana. Com o preço da arroba recuando, a relação de troca piorou e foi calculada na última quarta-feira em 1:2,38.
Gráfico 3. Indicador Esalq/BM&FBovespa bezerro MS à vista (R$/cabeça)x relação de troca (boi gordo de 16,5@ por bezerros)
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