A maior empresa distribuidora de carnes do México começará a importar cerca de 40 contêineres mensais com cortes de carne bovina processados e produzidos no Uruguai. A empresa pertence a uma sociedade formada por estabelecimentos de engorda (feedlots), distribuidores e donos de frigoríficos. Além do volume do negócio (cerca de 700 toneladas sem osso por semana), o curioso é que os próprios produtores que tinham se oposto firmemente e fecharam a entrada do produto quando o Uruguai conseguiu reabrir o mercado após cinco anos de negociações agora importarão carne uruguaia, porque têm a oportunidade de re-valorizar sua carne.
A maior empresa distribuidora de carnes do México começará a importar cerca de 40 contêineres mensais com cortes de carne bovina processados e produzidos no Uruguai, segundo reportagem do El País.
A empresa pertence a uma sociedade formada por estabelecimentos de engorda (feedlots), distribuidores e donos de frigoríficos. Além do volume do negócio (cerca de 700 toneladas sem osso por semana), o curioso é que os próprios produtores que tinham se oposto firmemente e fecharam a entrada do produto quando o Uruguai conseguiu reabrir o mercado após cinco anos de negociações agora importarão carne uruguaia, porque têm a oportunidade de re-valorizar sua carne.
A carne bovina mexicana tem como principal destino os Estados Unidos e os pecuaristas do país enfrentam a possibilidade de valorizá-la mais através da exportação. Por isso, apelam para a introdução de cortes de boa qualidade, mas de menor preço, para abastecer o mercado interno. O negócio incluirá cortes de dianteiros, bem como alguns cortes desossados nos frigoríficos, que terão por destino a indústria.
Com a queda dos abates nos últimos meses no Uruguai, conseqüência direta do dano causado pelas geadas sobre os campos que destruíram a base forrageira, os embarques de carne bovina ao México se desaceleraram.
Até agora neste ano, os frigoríficos locais já enviaram 148 contêineres que representam 3.553 toneladas, segundo confirmou o chefe da equipe de veterinários que faz auditoria da operação de abate e embarques do Uruguai, Tomás Mas. No entanto, cerca de sete a oito empresas apenas estão enviando produtos de forma constante, com as outras enviando amostras mas não concretizando novos negócios porque não há gado preparado nos campos.
Os frigoríficos uruguaios reconhecem que o México é um mercado importante, considerando que importa entre 350 mil e 400 mil toneladas de carne bovina. No ano passado, os EUA exportaram 340 mil toneladas a este país.
Porém, o México tem outra vantagem adicional sobre os EUA, que hoje é o principal comprador de carne uruguaia, já que para entrar neste mercado se paga menos tarifa, porque está vigente um Tratado de Livre Comércio que continuará reduzindo os impostos até chegar a zero.