O México cumpriu a demanda do serviço veterinário russo Rosselkhoznadzor e parou de utilizar beta-agonistas em sua produção de carne, na esperança de que isso possa levar à reabertura do mercado russo.
“O promotor de crescimento, ractopamina, foi proibido de ser usado na indústria de carnes do México, enquanto o uso de outros beta-agonistas está atualmente estritamente controlado”, disse o chefe do Serviço Nacional de Sanidade, Qualidade e Segurança de Produtos Agrícolas do México, Hugo Fragos.
Em dezembro de 2012, o Rosselkhoznadzor limitou as importações de carnes de Brasil, México, Canadá e EUA após a detecção de ractopamina em lotes desses países. O aditivo é proibido em 160 países. Como resultado, as exportações de carne do México caíram em 18% com relação ao ano anterior, para 149.800 toneladas em 2012 e 122.500 toneladas em 2013.
Fragos também forneceu ao vice-chefe do Rosselkhoznadzor, Eugene Nepoklonov, toda a documentação confirmando as medidas tomadas pela indústria mexicana para suprir as demandas da Rússia.
Considerando o atual déficit de carnes da Rússia, a oportunidade parece promissora para os fornecedores mexicanos, especialmente de carne bovina. A Associação de Confinadores de Bovinos do México (AMEG) tinha previsto que as exportações do país poderiam aumentar para 170.000 toneladas de carne bovina por ano se o mercado russo reabrir. De acordo com estatísticas oficiais da AMEG, as exportações de carne bovina no período de janeiro a outubro de 2014 foram de 119.647 toneladas (+13,7% com relação ao ano anterior), com um valor total de US$ 766.517 (+33,84%).
As exportações mexicanas de carne bovina nesse ano deverão alcançar 160.000 toneladas, de forma que o potencial volume exportado à Rússia poderia ser de pelo menos 10.000 toneladas, tornando a Rússia o terceiro maior comprador depois de EUA e Japão.
Fonte: www.globalmeatnews.com, traduzida e resumida pela Equipe BeefPoint.