O México deixará de comprar carne processada por 30 frigoríficos dos Estados Unidos. O México é o principal comprador da carne norte-americana e a suspensão já provocou quedas acentuadas dos preços futuros das carnes bovina e suína em Chicago. Analistas acreditam que a medida é uma represália à implementação da lei que prevê a rotulagem dos produtos segundo o país de origem (Cool).
O México deixará de comprar carne processada por 30 frigoríficos dos Estados Unidos. Os frigoríficos embargados produzem carne bovina, de cordeiro, suína e de frango e pertencem às maiores companhias de carne do mundo, incluindo a Cargill, a Tyson Foods, a brasileira JBS, a Seaboard e a Smithfield Foods, de acordo com lista divulgada pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (Usda).
O México é o principal comprador da carne norte-americana e a suspensão já provocou quedas acentuadas dos preços futuros das carnes bovina e suína em Chicago. Analistas acreditam que a medida é uma represália à implementação da lei que prevê a rotulagem dos produtos segundo o país de origem (Cool), aprovada nos EUA no início deste ano e que entra em vigor em janeiro de 2009. No entanto, a medida pode estar relacionada a algumas irregularidades nos embarques envolvendo os pontos de entrada dos produtos no México.
A legislação de rotulagem prevê que as embalagens de carne contenham etiquetas especificando os países de origem dos animais. Autoridades do México alegam que a regra contribui com a discriminação do produto mexicano pelos consumidores dos EUA. “Essa é a única razão que podemos enxergar para o México agir dessa forma”, afirmou Rich Nelson, analista da Allendale Inc.
Para Paulo Molinari, da Safras & Mercado, esse rompimento da bilateralidade entre os dois países pode beneficiar o Brasil, que não exporta uma grama sequer de carne suína para México e uma quantidade irrisória da bovina.
A matéria foi publicada pelo InvestNews, resumida e adaptada pela Equipe BeefPoint.