O embargo à carne bovina brasileira anunciado ontem pela União Européia foi uma decisão política. A avaliação é do secretário de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais, Gilman Viana Rodrigues. "Não há argumentos técnicos para impedir a venda da carne brasileira ao bloco. O setor técnico da União Européia sucumbiu à pressão dos produtores da Irlanda que reclamam da concorrência com a carne brasileira", afirmou.
O embargo à carne bovina brasileira anunciado ontem pela União Européia foi uma decisão política. A avaliação é do secretário de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais, Gilman Viana Rodrigues. “Não há argumentos técnicos para impedir a venda da carne brasileira ao bloco. O setor técnico da União Européia sucumbiu à pressão dos produtores da Irlanda que reclamam da concorrência com a carne brasileira”, afirmou.
Segundo Gilman Viana, os fatos agora terão que ser discutidos diplomaticamente. “Eles não podem dizer que a lista apresentada é irreal antes de conferir. As informações da lista não podem ser desprezadas”, afirma.
O governo de Minas montou uma força-tarefa para auditar 1.710 propriedades do Estado em menos de 20 dias. “Treinamos e colocamos uma equipe de 160 técnicos do Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA) no campo para fazer o trabalho solicitado pela UE. Além disso, divulgamos comunicados nas rádios e jornais do interior pedindo a colaboração dos pecuaristas para que agendassem as visitas dos técnicos no tempo estipulado pelos europeus. Assim, conseguimos auditar 100% das propriedades. Ou seja, o estado fez a sua parte”, afirma o secretário.
Para fazer as auditorias, Minas também contou com a colaboração de técnicos de ministério da Agricultura e dos responsáveis pelos frigoríficos exportadores instalados em Minas. A lista da secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais enviada para o ministério tem uma relação de 1.237 propriedades ERAs aprovadas pelas auditorias.
Em 2007, as exportações de carne bovina de Minas Gerais para a União Européia foram de aproximadamente 35 mil toneladas. Segundo o secretário do Estado, com a suspensão da UE, o Brasil irá transferir a venda de carne bovina para outros países. “Existem cerca de 180 países que compram a carne brasileira”.
As informações são da Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerias.
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Boa noticia!
Sem a menor sombra de dúvida, a proibição de importação da carne bovina brasileira é um embargo unilateral, que visa atender a reinvidicação de lobbystas do Reino Unido.
Entretanto, a atitude do comissariado da UE não me causou espanto, pois se a Grã-Bretanha exigiu o embargo, alegando que nossa vigilância sanitária não é adequada. Eles devem ter razão, depois de empestiarem o mundo com a vaca louca, e o recente escandalo do ressurgimento da febre aftosa em seu território, a canalhada lobbysta anglo-saxônica provou que detem o maior know-how em matéria de vigilância sanitária inadequada.
Infelizmente, mais uma vez, sobrou para o pecuarista brasileiro pagar a conta. Mas não seremos os únicos afetados, a população da UE terá que comprar carne mais cara em outros mercado, além de ficar sujeita a carninha empestiada dos lobbystas da ilha.
Porém, quando o comissário perceber a burrada, já será tarde, pois cansados de bancar o revezes de nossa politica econômica, muitos abandonarão a pecuária em favor da produção de álcool, e com a redução da oferta, o preço de nossa carne não será tão baixo.
Que vão comer brioches (para não dizer uma grosseria).