Minc diz que leilão do boi pirata está seguindo a lei

O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, disse que o próximo leilão das cerca de 3 mil cabeças de gado apreendidas na Estação Ecológica Terra do Meio, no Pará, dependerá da conversa que terá quarta-feira (6) com desembargadores federais. "Nós vamos mostrar nessa conversa com os desembargadores federais que estamos seguindo a lei", afirmou.

O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, disse que o próximo leilão das cerca de 3 mil cabeças de gado apreendidas na Estação Ecológica Terra do Meio, no Pará, dependerá da conversa que terá quarta-feira (6) com desembargadores federais. “Nós vamos mostrar nessa conversa com os desembargadores federais que estamos seguindo a lei”, afirmou.

Minc disse estar confiante numa solução rápida para a questão. Para ele, o alto valor do preço mínimo exigido foi a causa do fracasso dos três leilões realizados até agora. Entretanto, o ministro ressaltou que o objetivo principal da Operação Boi Pirata está sendo cumprido.

“O objetivo dessa operação era retirar 30 mil cabeças de gado que estavam devastando a unidade de conservação. Cerca de 20 mil foram retiradas, ou seja, a operação foi um sucesso. Mas essa retirada provocou uma quebra no preço do gado dessa região. Então, no primeiro leilão não vendeu, pois estava muito acima do preço praticado, no segundo também não, e no terceiro tinham cinco compradores. Só não foi vendido porque um juiz federal deu, no sábado à noite, uma liminar dizendo que o preço de mercado era o primeiro preço do primeiro leilão.”

Na primeira tentativa de leilão, foi exigido R$ 4,9 milhões como preço mínimo. No leilão seguinte, o valor inicial foi R$ 3,1 milhões. Na terceira tentativa, o Ibama tentou reduzir o preço mínimo para R$ 1,4 milhões, mas uma liminar impediu o deságio. O quarto leilão, que ocorreria hoje (5), foi cancelado.

Minc reconheceu, entretanto, que a venda dos animais apreendidos é necessária. “É importante também vender esse gado, até para custear essa operação e outros programas, como, por exemplo, o de proteção a terras indígenas em unidades de conservação”.

O diretor de Proteção Ambiental do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Flávio Montiel não descartou, no entanto, a possibilidade de o governo não conseguir vender o gado. Nesse caso, segundo o diretor, os animais poderiam ser abatidos e carne seria destinada a programas sociais. “Há possibilidade de fazermos uma permuta com alguns frigoríficos que venham a se interessar pelo gado, na qual a carne seria distribuída nos bancos de segurança alimentar dos programas Território da Cidadania e Fome Zero. Isso é uma maneira que a gente tem de buscar uma destinação social para esse gado.”

Nesse caso, assinalou Montiel, os frigoríficos não receberiam nenhuma forma de pagamento e o ganho seria a responsabilidade social.

As informações são da Agência Brasil.

Os comentários estão encerrados.

Mercados Futuros – 04/08/08
4 de agosto de 2008
Nelore Brasil: ACNB apresenta manejo da fazenda Vale do Boi (Vídeo)
6 de agosto de 2008