O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, afirmou que os produtores de carne ilegal de Mato Grosso não podem obrigá-lo a fazer um acordo "mais frouxo" com a Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec).
O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, afirmou que os produtores de carne ilegal de Mato Grosso não podem obrigá-lo a fazer um acordo “mais frouxo” com a Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec).
Ao comentar as críticas feitas por parte do setor de que eles não estariam sendo ouvidos pelo governo na negociação para reverter os efeitos da crise financeira internacional, Minc disse que alguns produtores estão “dentro da linha” e outros não. E são exatamente esses últimos, segundo o ministro, que temem o acordo.
“Com todo o respeito, disse a eles para irem se queixar com o papa porque não é o acordo que tem que ser mais frouxo, eles é que têm que tomar medidas para se adequar. Quero me comprometer com eles, mas eles não podem me obrigar a fazer com a Abiec um acordo mais frouxo só para continuarem podendo vender boi pirata, sem condições sanitárias, com abate ilegal.”
Outra estratégia do governo, segundo ele, é negociar com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) uma linha de financiamento específica que ajude a reerguer frigoríficos quebrados por conta da crise. O ministro destacou que os contratos dos empréstimos terão “cláusulas ambientais” e que a fiscalização de abatedouros, por exemplo, será feita em conjunto com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
“O que gera má imagem para o Brasil é gente fazendo abate ilegal, não cumprindo as condições sanitárias necessárias e criando gado em unidades de preservação ambiental. Quando a gente avança na questão sanitária, na questão da legalidade e na questão ambiental, isso só melhora as condições da carne brasileira para conquistar novos mercados e até um preço melhor.”
A matéria é de Paula Laboissière, da Agência Brasil, resumida e adaptada pela Equipe BeefPoint.
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O ministro Carlos Minc tem que parar de falar “boi pirata”, pois foi o próprio gorverno que incentivou o densenvolvimento, a criação de gado e a indústria frigorífica na Amazônia. Então o boi não é pirata e sim legal. Agora o governo quer mudar as regrars do dia para noite? O gorverno tem que concientizar o produtor a conservar e produzir sem prejudicar o meio ambiente usando meios que também não prejudiquem os produtores e as indústrias.
Parabéns pela matéria.