Para combater o desmatamento crescente na Amazônia, o ministro Carlos Minc (Meio Ambiente) pretende apreender gado criado em áreas desmatadas ilegalmente. Minc batizou a operação de "Boi pirata" e atribuiu à pecuária parte da responsabilidade pelo avanço de mais 1.124 km2 de devastação da floresta em abril, segundo o Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais). Segundo reportagem de Marta Salomon, da Folha de S.Paulo, a Amazônia Legal já reúne 36% do rebanho bovino do país.
Para combater o desmatamento crescente na Amazônia, o ministro Carlos Minc (Meio Ambiente) pretende apreender gado criado em áreas desmatadas ilegalmente. Minc batizou a operação de “Boi pirata” e atribuiu à pecuária parte da responsabilidade pelo avanço de mais 1.124 km2 de devastação da floresta em abril, segundo o Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais). Segundo reportagem de Marta Salomon, da Folha de S.Paulo, a Amazônia Legal já reúne 36% do rebanho bovino do país.
Em abril, os satélites do Inpe captaram desmatamento superior aos meses de novembro e dezembro, que justificaram o alerta do início do ano. “O dado é preocupante e não vamos brigar com o termômetro. Vamos agir”, avisou o ministro numa referência ao sistema de detecção do desmatamento em tempo real do Inpe, cujos resultados vêm sendo contestados pelo governador de Mato Grosso, Blairo Maggi.
O número oficial da área devastada na Amazônia entre agosto de 2007 e julho de 2008 será divulgado no final do ano, mas Minc já espera o descumprimento da meta fixada pelo governo em janeiro, de limitar o desmatamento do ano aos mesmos 11,2 mil quilômetros quadrados registrados entre agosto de 2006 e julho de 2007.
Entre agosto de 2007 e abril de 2008, o Deter já captou o corte raso ou a degradação avançada de 5.850 km2 de floresta, contra 4.974 km2 medidos no período anterior de 12 meses. “Não queremos chorar sobre a seiva derramada”, disse o ministro, destacando que o registro do ritmo acelerado das motosseras ocorreu num período de chuvas na Amazônia, e é nos meses de estiagem que a devastação costuma crescer, a partir de junho.
Uma das medidas com que o ministro conta é o bloqueio do crédito rural a produtores que não comprovem regularidade ambiental. A resolução do Banco Central, contestada pelo agronegócio, entra em vigor em 1º de julho.
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Será que estamos vendo a volta da SUNAB na década de 60?
Ou a volta da eleição do Quércia na década de 80 onde usou a caça ao boi no pasto?
É lamentavel o nível de certos ministros deste governo.
Geraldo P. Morais—-Presidente da ABRAPEC
Lamentável! O doutor Minc, corre o risco de se tornar mesmo, o bobo da corte; eu esperava mais inteligência ou cuidado com as proposta em defesa do meio ambiente. Cadeia para boi, ninguém merece!
Seria o boi uma causa ou uma consequência do desmatamento?
O desmatamento ocorre para criar boi ou este vem depois da rendosa extração da madeira de lei?
Não seria mais eficiente parar o desmatamento combatendo o comércio ilegal de madeira?
O ministro está absolutamente correto. Está faltando mais gente no governo que pare de ficar só assistindo as irregularidades (e crimes) acontecerem, e partam para a ação.
Caros senhores,
Penso ser fundamental que a imprensa, esclareca ou cobre do Gov. Maggi porque ele contaria os dados do INPE, com os laudos de quem, com as suas assinaturas de quem. Pois creio que contra fotografias satelitais nao pode haver contra ponto, ou esta havendo muita má fé na jogada.
Me explico, sinto que a pecuaria de corte do Brasil esta sendo responsabilizada por um dano ambiental, que para sana-lo estao ate ameacando nossa soberania nacional. Entao nao se trata de Governo Federal contra Fazendeiros. Pois repercute ate no Mundo contra o Brasil. E inclusive devemos entender que no processo de desmatamento, primeiro se faz pecuaria e depois com o passar dos anos, se faz agricultura. Entao em seguida as retaliacoes que estao comecando a querer fazer sobre a carne vermelha sera feita sobre os graos.
e de se pensar direito sobre os desdobramentos disto.
As políticas de meio ambiente concernentes à Amazonia jamais conseguirão deter, impedir ou intimidar os atores amazonicos ou seja, pecuaristas, agricultores, sem terra, madeireiros, índios, especuladores, e etc.
Digo e repito com muita convicção, pois participei de todo o processo de ocupação e produção da região, e afirmo que somente com compensação financeira impediremos o desmatamento. Seria o custo/resultado oportunidade, ou seja, o resultado financeiro da exploração extrativa/agrícola/pecuária sendo paga ao produtor/proprietário da terra, para não desmatar. E não seria novidade essa atitude, pois os países mais desenvolvidos já o fazem há muito, para que seus produtores não plantem nada em suas fazendas para o simples motivo de regular o mercado.
Uma pequena parcela da fortuna que o sr. Bush gasta no Iraque, resolveria o problema com folga e o sr Carlos Minc poderia voltar a Paris para continuar seu passeio turístico.
Me fez lembrar o que aconteceu no Plano Cruzado com o confisco de bois.
Estas medidas absurdas e irresponsavéis nem deveriam ser divulgadas, a própria assessoria do ministro não deveria deixar vazar, assim como não deixaram agora o presidente Lula destinar ao encontro com produtores uma hora e com os sem terra cinco horas, durante a visita a Agrishow, o que não ocorreu.
Acho que foram cometidos muitos excessos no desmatamento e que as autoridades tem que ser duras com os que estão cometendo abusos, com multas pesadas e cortes de financiamento, assim como fiscalizar com seriedade e ter pricipalmente um plano bem elaborado, discutido com todos os setores envolvidos.
Mas o que não podemos permitir são os paises que acabaram com as suas matas, que se negam assinar tratados de controles de poluição pregarem a internaciolização da Amazônia.
Uma boa solução é que eles invistam em um fundo para que paguem aos produtores brasileiros subsidios para não desmatarem, assim como eles fazem com seus produtores rurais aos quais pagam subsidios absurdos. Este sim seria um bom incentivo e com certeza as pessoas se preocupariam em cuidar das suas propriedades com responsabilidade e respeitando as aréas para desmatamento.
Que é necessário disciplinar o desmatamento nao resta dúvidas, mas agora este papo de prender bois? O Brasil nao tem vagas nem para os criminosos de altíssima periculosidade, agora vem com esta de prender bois. Isso parece brincadeira de um ministro que nao conhece a realidade na amazonia, centro oeste, pantanal etc.
Vamos combater a extração ilegal de madeiras e principalmente em reservas indígenas, vocês não querem proteger também os indíos, então protejam suas florestas.
O ministro também poderia pensar numa alternativa de ressarcir os prejuizos que tivemos com aftosa, que até hoje não conheco ninguém que teve seus prejuizos reparados.
Boa tarde, sorte, paciência e muito trabalho a todos vocês.
Concordo com a opiniao colocada por Joabe Jobson de Oliveira Pimentel. Quase absolutamente, logo após desmatamento, com fins de venda e comercialização de madeira da forma que verta mais dinheiro ao bolso “ilegalmente”, vem o estabelecimento da produçao pecuária.
Pois, é!
Já confiscaram 50% da propriedade rural para reserva ambiental.
Agora, querem confiscar o produto do trabalho do proprietário rural!
A violação ao direito de propriedade e ao princípio da igualdade, pois “todos são iguais perante a lei”, tem sido alvo de aplauso pela população.
Qualquer dia desses, vão confiscar o seu carro, sua geladeira, seu ar condicionado, seu alimento, pois eles e mais o lixo econômico, também poluem! Confiscar sua mesa e cadeiras, seu guarda-roupa, sua cama, sua casa, construídas com madeiras, com mógno, itaúba, cerejera.
Ou você acha que somente o proprietário de terras é responsável pelo que esta ocorrendo?
Hoje, já sofremos as consequências por matar sem qualquer critério, as matrizes bovinas. Logo, logo, quanto pagaremos por um quilo de carne?
Por outro lado, o desmatamento inicia-se com a retirada de madeiras nobres, porque elas tem valor econômico, porque alguém as adquire ainda que proibido o seu comércio. Certamente, se não tivesse o comprador não teria o vendedor.
Depois que a madeira é retirada, inicia-se pequenas derrubadas para plantar arroz, café, etc. Quando aquele pequeno proprietário consegue agregar valor à sua propriedade, ele coloca-a venda e com o valor obtido buscar uma área maior, menos valorizada, mais distante, e assim sucessivamente.
O desmatamento, não aconteceu ou ocorre da noite para o dia. Muitas pessoas estão envolvidas, carecendo dessa terra e, de maior quantidade de terras, porque vão-se constituindo famílias e os genitores obrigam-se a buscar área maior para ser deixada como herança para as bocas que colocam no mundo. É como uma raiz que vai infiltrando na terra.
Lá, no meio da mata, não tem escola, não tem indústria, não tem outra atividade senão trabalhar a terra, caso contrário, não há qualquer espectativa para o futuro.
Logo, para quem esta na cidade, com todo o conforto, não tendo que dispor de patrimônio conseguinte sob um sol de mais de 45ºC é fácil falar em “boi pirata”, em praticar o confisco de 50% da terra rural. Só espero que não chegue o dia em que os proprietários de imóveis urbanos tenham que ceder 50% de sua propriedade para aquele que nada fez, que nada construiu para merecer um teto!
Certamente ouviremos muitos gritos de protesto!
Penso que esta na hora de fazer a mea culpa!
Quando o governo vendeu as terras para os produtores, podia desmatar 50% da área e no ano de 1996 esta quantia diminuiu para 20% o que torna qualquer propriedade inviavel (é como comprar uma casa com cinco paças e poder usar apenas uma).
Muitos produtores que tinham grande parte de sua área ou toda ela ainda coberta pela mata trataram de abrir (e ainda estão abrindo) os 20% o mais depressa possivel, temendo que a área que possa ser ocupada diminua ainda mais, ou que não se possa derrubar mais nada no futuro. Ou seja, a MP teve efeito contrário acelerando o desmatamento. Concordo que parte da floresta deve ser preservada, mas há de se lembrar que existem pessoas na Amazônia que querem trabalhar e que quando foram chamadas para ocupar esta região vieram com muita boa vontade deixando o conforto das regioes mais desenvolvidas onde habitavam para enfrentar a floresta com a proposta de que teriam terras e incentivos para trabalhar.
Hoje o governo está com um grande problema para resolver, de um lado a crise dos alimentos, de outro produtores que não podem produzir o alimento que falta, pois para isso precisam derrubar o mato. Tenho plena convicção que dentro de alguns anos muitas pessoas que criticam os produtores da Amazônia virão pedir para abrirmos mais de nossas áreas para produzir alimentos para eles e que esta perseguição contra os produtures da Amazônia vai acabar.
Detalhes do plano Minc já vazaram.
O gado vai ser juntado com ultra-leves.
Currais de aço desmontados, peões e cavalos serão lançados com para-quedas.
Concordo com o Sr. Paulo Pelissa. Para quem conhece a realidade da Amazônia e das pessoas que vivem e dependem deste lugar é revoltante ouvir a quantidade de besteira que é dita por ambientalistas e principalmente por nosso excelentíssimo ministro do meio ambiente.
Existem abusos quanto a extração ilegal de madeira? Sim, existem. O governo tem que ser pontual quanto a isso, indo direto no problema e não deixar o produtor como refém de uma situação que ele próprio colocou quando na colonização da região amazônica em que produtores rurais e madeireiras foram financiados por este mesmo governo para derrubar e produzir aqui neste chão e agora são tratados literalmente como bandidos.
Que ideia do ministro Minc. Será que ele vai querer o gado já abatido, será que ele vai requerer que algum Supermercado faça pacotes da carne de 2kg, 3 kg ou 5kg para melhor distribuir?
Já temos o vale gas, bolsa familia (bolsa chimarrão, bolsa pinga), será que o ministro está criando agora o vale carne?
Cada um quer se promover nas costas dos que trabalham, pensem nisto.
Assino embaixo Sr. Lindamir !