Com a valorização cambial, os produtores mineiros aumentaram as exportações, reduziram a oferta interna e num momento em que o preço da carne bovina deveria cair, devido ao final da safra, o produto está sendo vendido até 9,45% mais caro nos açougues.
“Geralmente a carne fica mais barata no final de maio, já que os produtores querem vender todo o estoque para evitar perda de peso antes da entressafra, mas o aumento da demanda externa fez os preços resistirem”, afirmou o analista de carne bovina da agência Safras & Mercado, Paulo Molinari.
De acordo com ele, de maio para o início de junho a arroba do boi subiu 3% em Minas Gerais. A pressão dos compradores internacionais pode ser comprovada com dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério do Desenvolvimento da Indústria e do Comércio Exterior (MDIC), que mostram um crescimento de 14,6% na produção exportada e 53% nas vendas, de janeiro a abril deste ano, na comparação com o mesmo período do ano passado.
No frigorífico Salermo, as carnes subiram quase 10% em menos de uma semana. O quilo do patinho passou de R$ 5,29 para R$ 5,79 (9,45%), o da alcatra passou de R$ 6,99 para R$ 7,49 (7,1%) e o do coxão mole subiu de R$ 5,99 para R$ 6,49 (8,3%). “Agora é só o início do frio, que deixa os pastos escassos e encarece o preço do boi, mas a tendência é subir ainda mais até agosto”, analisou o diretor-comercial Ricardo Carvalho.
Fonte: O Tempo/MG, adaptado por Equipe BeefPoint
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O preço do boi no estado do Pará está diretamente ligado ao protecionismo do governo estadual com os frigoríficos, por isso os produtores paraenses desfrutam do valor da arroba mais barata do BRASIL paga pelos frigoríficos.
O seguimento produtivo rural emprega 300 mil trabalhadores em todo o estado e as indústrias frigoríficas apenas cinco mil e trezentas pessoas.
É importante que o Governo perceba que o desempenho dos frigoríficos paraenses está no baixo preço pago aos produtores graças ao ICMS de 1,8 pontos percentuais enquanto para fora do estado o ICMS é de 12 por cento impossibilitando o envio de bois para outros mercados onde a oferta de bois para abate é menor.
Com isto o valor da arroba paga é melhor e obriga aos frigoríficos procurarem mercados melhores para vender sua carne. O prejuízo no Pará é de todos: do governo porque deixa de arrecadar dos produtores rurais porque falta dinheiro para investir em incrementos de produção e da população ociosa porque 45 mil novos postos de trabalho deixam de ser criados. Os frigoríficos do sul e sudeste do País pagam 25% a mais pela arroba do boi, porque o mercado é competitivo.
Que o governo entenda!