Com exportações em queda pelo terceiro mês seguido, o setor processador de carne bovina continua fazendo ajustes para se adequar ao cenário recessivo. O setor, que vinha de fortes investimentos, está postergando projetos. Ronald Aitken, superintendente de Relações com Investidores do grupo Minerva, afirmou que, por conta da crise, a empresa adiou o início de operação de dois frigoríficos no Norte do País.
Com exportações em queda pelo terceiro mês seguido, o setor processador de carne bovina continua fazendo ajustes para se adequar ao cenário recessivo.
O setor, que vinha de fortes investimentos, está postergando projetos. Ronald Aitken, superintendente de Relações com Investidores do grupo Minerva, afirmou que, por conta da crise, a empresa adiou o início de operação de dois frigoríficos no Norte do País. Uma das plantas, que estava programada para começar a operar no segundo semestre de 2008, será inaugurada apenas em março, com um turno. Essa unidade, em Rondônia, terá capacidade para abater 750 animais por dia em cada turno. “É claro que neste cenário não se fala em operar com dois períodos”, afirma Aitken.
O outro frigorífico do Minerva, que antes da crise tinha previsão de começar a operar em junho em Redenção (PA), não tem nova data definida para iniciar abates, segundo o superintendente de RI. “O preço do dinheiro aumentou muito e a demanda está fraca. Mas, apesar dos números negativos de janeiro, estamos conseguindo negociar valores mais positivos para fevereiro e março”, anuncia Aitken.
Com 6,4 mil funcionários e um dos três maiores exportadores de carne bovina do Brasil, o Minerva também fez outros ajustes no ano passado, como o de eliminar a jornada de trabalho aos sábados, além de paralisação temporária de três unidades industriais. “Agora em janeiro, a nossa capacidade ociosa elevou-se para 30%, ante os 20% e 25% do ano passado” diz Aitken.
Além de um mercado externo recessivo, o momento negativo dos frigoríficos brasileiros se deve a uma baixa oferta de gado no mercado interno.
A matéria é de Fabiana Batista, publicada na Gazeta Mercantil, resumida de adaptada pela Equipe BeefPoint.
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O momento ao qual estamos vivendo pede que todos tenhamos muita cautela, caso contrário podemos ter problemas futuros.
abraços
03/03/2009
É possivel, que tenha chegado o momento, de os setores pecuário, frigorifico e varejista da carne, encontrarem o denominador comum, definirem o que é rentábil para cada um e que não cause prejuízos a outrem.
Afinal, o livre comércio, as leis do mercado, a oferta e a procura, evoluiram para isso, que vemos hoje, depois de décadas de maturação, tanto no brasil, quanto no planeta.
Porém, enquanto um dos elos, desta valiosa cadeia da carne, repetir queixas de perdas, de prejuizos realizados, em função de outro componente da cadeia produtiva, significaria que algo, ainda precisa ser burilado nesta relação. ao contrário da lei do gerson; nas relações comerciais, todos seus componentes devem estar, ao final, satisfeitos com seus ganhos e conscientes de seus riscos e eventuais perdas.
E, claro, incluir o consumidor, nestes estudos.
Afinal, ao consumidor, não cabe apenas consumir, hoje, ele pode até interferir, no nível de remuneração dos produtos, em função da comercialização maior ou menor, em função de preços finais que deveriam refletir preços/custos intermediarios.
Obrigado.