Minerva amplia abate com olhos na exportação

O Frigorífico Minerva, terceiro maior exportador de carne bovina do Brasil, deverá elevar em mais de 50%, para 2.700 animais por dia, o volume de abate com a inauguração de uma nova unidade em Palmeiras (GO), este mês. A empresa exporta 80% de sua produção para cerca de 80 países.

Dois anos após contratar o inglês Iain Mars para ampliar a performance exportadora, o Minerva espera a liberação das vendas para o lucrativo mercado japonês, onde pretende competir com os australianos. A Austrália ficou com quase todo o mercado nipônico depois que o Japão deixou de comprar dos EUA, em dezembro, devido ao caso de “vaca louca”.

“Atualmente temos mais clientes do que carne, mas ganharemos volume com a nova unidade”, afirmou Mars. “No Japão, mesmo com os altos valores de frete, poderíamos competir com a Austrália, porque nosso custo ainda é bem inferior ao deles”.

O país, que trabalha no exterior com o marketing do boi alimentado a pasto, está ocupando alguns mercados deixados por exportadores tradicionais depois de problemas sanitários.

O objetivo da empresa no médio prazo é conseguir exportar carne in natura para os Estados Unidos, maior mercado mundial para o produto, e para onde o Brasil ainda só pode vender carne cozida e enlatada. “Acho que após as eleições nos EUA (em novembro) conseguiremos, finalmente, a liberação”, acredita o presidente do Minerva, Edvar Vilela de Queiroz, salientando que a certificação para vender aos norte-americanos abriria outros mercados como o México, o Caribe e alguns países da Ásia, que seguem as normas dos Estados Unidos.

Além de ampliar o volume de vendas, a empresa quer elevar o valor agregado da carne, por meio da venda direta do produto acabado, com cortes menores que já seguem empacotados de acordo com a identidade visual do cliente.

Fonte: Gazeta Mercantil (por Marcelo Teixeira), adaptado por Equipe BeefPoint