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Minerva: captação de US$ 350 milhões no mercado internacional

A captação US$ 350 milhões realizada no mercado internacional pelo frigorífico Minerva nesta segunda-feira (06) deve reduzir o endividamento de curto prazo da companhia para cerca de 8% da dívida total, afirmou diretor-financeiro da empresa, Edison Ticle.

A captação US$ 350 milhões realizada no mercado internacional pelo frigorífico Minerva nesta segunda-feira (06) deve reduzir o endividamento de curto prazo da companhia para cerca de 8% da dívida total, afirmou diretor-financeiro da empresa, Edison Ticle. No balanço trimestral divulgado em setembro, o Minerva registrava R$ 503 milhões em dívidas de curto prazo (que vencem em um ano), o que representava 25,1% de uma dívida total de R$ 2,001 bilhões. Com a emissão dos notes — com vencimento em 2022 —, a empresa alongou a duração média de sua dívida para sete anos, de acordo com o executivo.

O montante captado superou a expectativa inicial do frigorífico de levantar US$ 250 milhões, a uma taxa semestral de 13%, afirmou Ticle. Segundo ele, o livro de ofertas para a participação na captação chegou a US$ 1,7 bilhão, seis vezes superior ao total previsto. “Em função dessa oferta e da receptividade das reuniões [com os investidores], decidimos levantar US$ 350 milhões”.

De acordo com o executivo, o ambiente de menor aversão ao risco em janeiro foi fundamental para a decisão de realizar a captação, medida rechaçada pelo diretor no fim do ano passado. Outro estímulo à emissão de títulos foram as captações realizadas por outras empresas brasileiras, como JBS, Braskem e Banrisul. “As captações só reforçaram a nossa visão de que o mercado estava aberto”, acrescentou.

Dos US$ 1,7 bilhão registrados no livro de oferta, Ticle destacou o interesse dos asiáticos pelos títulos do Minerva. Ainda que não revele os valores exatos, o executivo disse os investidores asiáticos tiveram uma “participação bastante superior” a média de 10% e 15% nas ofertas. “Foi uma surpresa muito boa. A Ásia é um mercado novo para captação de empresas ‘high yield’ [risco de crédito mais elevado]”.

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Fonte: jornal Valor Econômico, resumida e adaptada pela Equipe BeefPoint.

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