Em teleconferência para a apresentação dos resultados do 2º trimestre de 2009 o diretor presidente do Minerva, Fernando Galletti de Queiroz, destacou o forte desempenho das vendas companhia, tanto no mercado doméstico quanto na exportações, apresentando crescimento da receita bruta. "O 2º trimestre ficou caracterizado pelo forte desempenho operacional da companhia, refletindo a retomada das exportações, a recente racionalização da indústria e a maturação dos investimentos realizados pelo Minerva em 2008".
Em teleconferência para a apresentação dos resultados do 2º trimestre de 2009 o diretor presidente do Minerva, Fernando Galletti de Queiroz, destacou o forte desempenho das vendas companhia, tanto no mercado doméstico quanto na exportações, apresentando no acumulado dos últimos 12 meses um crescimento de 22% em relação à receita bruta acumulada no mesmo período do ano passado. “O 2º trimestre também ficou caracterizado pelo forte desempenho operacional da companhia, refletindo a retomada das exportações, a recente racionalização da indústria e a maturação dos investimentos realizados pelo Minerva em 2008” ressaltou.
O EBTIDA alcançou R$ 44,8 milhões no 2º trimestre de 2009, registrando um aumento de 36,5% em relação ao 1º trimestre, com expansão da margem EBTIDA de 1,3 p.p., que passou a ser de 7%.
“Destacamos também a estabilidade da utilização de nossa capacidade de abate, em níveis recordes históricos, atingindo 83% de utilização em junho, mesmo após o aumento de aproximadamente 25% na produção consolidada”, ressalta Galletti.
Sobre o lucro líquido o diretor da empresa destaca que o Minerva obteve R$ 57 milhões, que pode ser creditado ao melhor desempenho operacional no trimestre e ao impacto positivo da variação cambial no resultado financeiro.
Além do aumento da receita e da utilização da capacidade, a maior diversificação geográfica da vendas do Minerva, em especial nas exportações, quando comparada com o 1º trimestre de 2008 também influenciou no bom desempenho da companhia. “A estratégia de diversificação nos proporcionou uma menor concentração e dependência de mercados específicos, havendo uma maior diluição de risco. Continuamos com nossa estratégia comercial, com maior capilarização e atuação em regiões com menor influencia da crise financeira global, como o Oriente Médio”.
Segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior (SECEX), as exportações brasileiras de carne bovina in natura no 2º trimestre de 2009 totalizaram 250,1 mil toneladas ou US$ 771,3 milhões, aumento de 22% e 31% nos volumes e nas receitas, respectivamente, em relação ao 1º trimestre de 2009.
A Rússia continuou sendo o principal destino, com 30% do total. Os preços médios em dólar variaram +7,4%, compensando parte da depreciação de 10,3% do dólar médio do período. Na comparação anual houve queda de 7% nos volumes e redução de 24% nas receitas, resultando em preços médios 18% menores, de US$ 3.084/ton.
As vendas de carne in natura para a UE avançaram 16,5% no trimestre, para R$ 42,9 milhões, nível superior ao praticado anteriormente às restrições sanitárias impostas pelo bloco em janeiro de 2008. As exportações de carne in natura para UE representaram 6,3% do total das vendas da companhia contra 0,9% no 2º trimestre de 2008.
Os diretores do Minerva, acreditam que as exportações continuarão reagindo à medida que haja gradual habilitação das fazendas no ERAS, atualmente são 1.279 fazendas aptas a exportar para a UE, e possível recomposição dos estoques na Rússia, que ainda trabalha com patamares abaixo do nível de segurança. A volta de mercados como Chile e de países europeus, tradicionais importadores do produto brasileiro, são fatores positivos para o setor no médio e longo prazo.
Quanto as vendas de carne bovina in natura, Fernando Galletti de Queiroz aponta que tanto no mercado interno quanto no mercado externo o Minerva praticou preços médios maiores comparativamente com a média das outras indústrias do setor. “Conseguimos isso graças a nossa estratégia de aumento da capilaridade e política de gestão de risco, que resultaram em números mais rentáveis e na flexibilidade operacional para atender a demanda.”
Segundo o presidente a participação de mercado do Minerva nas exportações tem apresentado forte recuperação, terminando o trimestre com participação de 17,9% sobre o total das exportações de carne bovina in natura brasileiras.
No relatório de divulgação dos resultados, o diretor presidente afirma que “após um período de grande turbulência nos mercados internacionais, que afetou a dinâmica de vários setores e inclusive a do nosso, entendemos que o segundo trimestre de 2009 foi o divisor de águas e já no segundo semestre deste ano iniciou-se um longo período de crescimento em nosso faturamento, com melhores margens operacionais e financeiras. Além disso, continuamos com nosso processo de desalavancagem financeira, por meio de uma maior geração operacional de caixa, substituição de dívidas onerosas e pela incorporação de dados operacionais mais robustos. Este processo se acelerará a partir do segundo semestre, com a maturação dos fortes investimentos realizados no ano passado”.
O preço médio do boi gordo no Brasil recuou 1,1% no 2º trimestre de 2009 em relação ao 1º trimestre de 2009, para um patamar de R$ 80,1/@, apresentando também redução de 3,6% em relação ao 2º trimestre de 2008.
Segundo as informações analisadas pela equipe do Minerva, a queda no preço da arroba é reflexo, principalmente, da melhor dinâmica que se estabeleceu entre a oferta e demanda por boi gordo, em decorrência da diminuição da capacidade ativa no setor e em conseqüência do alinhamento dos preços da matéria prima com os preços médios da carne nos mercados doméstico e internacional. O início do período de seca também causou um impacto no preço do boi gordo, uma vez que o pecuarista aumenta a oferta na estiagem, evitando que o animal terminado perca peso no pasto seco.
Comentando os destaques financeiros da empresa, Eduardo Puzziello, superintendente de relações com investidores, destacou o bom desempenho do EBTIDA e sua margem na comparação trimestral como reflexo da “já esperada recuperação, fruto da estratégia de exportação para destinos mais rentáveis e dos investimentos realizados em 2008, cujos resultados já começam a aparecer”.
Puzziello destaca que o EBTIDA ajustado foi impactado por despesas não recorrentes relacionadas ao início da produção da Minerva Dawn Farms. “Se expurgarmos este evento não recorrente o EBITDA ajustado seria de aproximadamente R$ 50 milhões, com margem de 7,8%.
O Minerva informa que continua focado na manutenção de elevado saldo em caixa e na concentração do perfil da dívida no longo prazo. “Nossa dívida está 66% concentrada no longo prazo”, informa Puzziello.
O resultado financeiro líquido da companhia foi positivo em R$ 24,7 milhões bem superior ao apresentado no 1º trimestre e reflete os impactos positivos sobre a dívida cambial, num cenário de desvalorização de 10,3% do dólar médio no trimestre. Além disso o lucro líquido de R$ 57 milhões refletiu o bom desempenho operacional da companhia e o efeito da variação cambial sobre a dívida.
“Os investimentos no 2º trimestre totalizaram R$ 41 milhões , sendo que R$ 11 milhões estão relacionados à incorporação da Lord Meat. Consequentemente os recursos empregado em expansão de das nossas unidades totalizaram R$ 30 milhões, portanto no acumulado de 2009 já aplicamos R$ 54 milhões em investimentos imobilizados”, comentou o superintendente de relações com investidores.
Quanto ao retorno sobre capital empregado, os diretores do Minerva, expuseram que sua rentabilidade foi mais estável e superior à dos outros ativos do setor, consequência dos investimentos dimensionados adequadamente à estratégia comercial da empresa.
Aumento de capital
Segundo Eduardo Puzziello, o primeiro passo será a realização no dia 31 de agosto de uma assembleia geral extraordinária para aprovação da proposta de elevação do limite de capital autorizado de forma a permitir a subsequente aprovação pelo Conselho Administrativo mediante a emissão para subscrição de ações ordinárias dentro do novo limite de capital autorizado. “Os benefícios do aumento de capital serão a redução dos endividamentos de curto prazo através do alongamento das linhas atuais e de longo prazo (programa de recompra de bonds), melhorar a estrutura de capital da companhia e alto potencial de valorização das ações.
Mudanças no ambiente tributário
O Minerva aproveitou para apontar que as possíveis mudanças que estão sendo estudadas pelo Governo Federal para desoneração do PIS/COFINS irão beneficiar diretamente as operações da empresa, tanto no mercado doméstico quanto nas exportações. Além de propiciar maior formalização do setor, como consequência da mudança tributária que deve trazer impacto positivo para todo o setor de frigoríficos. “Como desenvolvemos uma política tributária extremamente conservadora seremos beneficiados diretamente por essas mudanças no cenário interno e externo caso essas mudanças se concretizem”, completa Eduardo Puzziello.
Sustentabilidade
Diante da forte pressão contra o desmatamento na Amazônia Legal, o Minerva se antecipa em estabelecer procedimentos de conduta em relação aos seus fornecedores de matéria-prima localizados no Estado do Pará, principal região envolvida nessa questão, confirmando sua publica de apoio a preservação da Amazônia e o cumprimento das normas ambientais. “Paralelamente a essas ações reforçamos nossa equipe multidepartamental de projetos de sustentabilidade ambiental, social e econômica de longo prazo, o Minerva Verde, cujas principais atribuições são a aplicação de normas socio-ambientais em toda a cadeia de suprimentos, fornecedores, colaboradores e clientes; certificações das unidades; rastramento da carne até atingir toda a cadeia; além do fomento e gestão para eliminação do passivo ambiental das propriedades fornecedoras”.
Acompanhe a apresentação transmitida durante a teleconferência:
Confira na íntegra o relatório com os resultados do Minerva no 2º trimestre de 2009:
Equipe BeefPoint, com informações do Minerva S.A.