Exportação de gado vivo: 2,7 mil bois morrem em navio no Mar Vermelho
7 de março de 2012
Balanço do Minerva impulsiona ações de frigoríficos
7 de março de 2012

Minerva espera melhora das margens em 2012, diz presidente

A indústria de alimentos Minerva prevê uma melhora das margens em 2012, diante da perspectiva de aumento da oferta de gado para abate, que tende a reduzir os custos de produção da companhia, e da manutenção dos bons preços registrados tanto no mercado interno como externo, disse o presidente da companhia.

A indústria de alimentos Minerva prevê uma melhora das margens em 2012, diante da perspectiva de aumento da oferta de gado para abate, que tende a reduzir os custos de produção da companhia, e da manutenção dos bons preços registrados tanto no mercado interno como externo, disse o presidente da companhia.

Fernando Galletti Queiroz, presidente do Minerva, observou que a companhia concluiu o ciclo de investimentos em novas fábricas e centros de distribuição dos últimos anos, cujos benefícios começam a ser colhidos justamente no momento em que se prevê aumento da oferta de animais para abate e consequente redução do valor da arroba do boi.

Segundo ele, a evolução do estoque de bezerros e de vacas na pecuária brasileira deve permitir uma redução entre 5 a 7% no preço médio da arroba no ano, considerando os preços futuros apontados pela BM&FBovespa. “Temos a situação em que o mercado já prevê maior oferta. Nós acreditamos que é o ponto de inflexão no ciclo (da pecuária), e o Minerva concluiu seus investimentos nesta época.”, disse o executivo, referindo-se à melhora em sua estrutura diante da perspectiva de manutenção da firme demanda interna e dos países emergentes.

A empresa conta com 10 fábricas e 11 centros de distribuição (dois destes inaugurados no ano passado), distribuídos em seis Estados, além de unidades no Paraguai e Uruguai.

O executivo ressaltou que esta melhora da oferta no Brasil ocorre em um momento favorável, uma vez que seus principais concorrentes enfrentam problemas com a oferta de gado, como no caso dos Estados Unidos, onde o rebanho atingiu o menor nível em 60 anos, da Argentina e Europa. Na Austrália, outro importante concorrente, ele acrescentou que a oferta segue estável.

As vendas no mercado interno saltaram quase 54%, gerando 1,839 bilhão de reais, contra 1,196 bilhão de reais do ano anterior, favorecidas pela estratégia da companhia de focar as operações nos segmentos de pequeno e médio varejo, que cresce perto de dois dígitos e acima da média do grande varejo, disse Queiroz, referindo-se a levantamento da Nielsen.

No mercado externo, a pequena melhora de cerca de 2% nas exportações foi puxada pela demanda dos países emergentes, nas Américas, Oriente Médio, África Subsaariana, Leste Europeu e extremo Oriente.

Questionado sobre o impacto do dólar, ele afirmou que a gestão de risco tem permitido à companhia proteger suas margens. Os preços sustentados no mercado externo, diz ele, são reflexo do repasse de parte da desvalorização do dólar.

Sobre os investimentos, ele ressaltou que o plano não contempla a construção de novas unidades, mas afirmou que o Minerva está sempre olhando as oportunidades de mercado, desde que ela gere um efeito positivo ou no mínimo neutro no nível de alavancagem da companhia.

Veja demonstração dos resultados no 4T11 do Minerva: Minerva: lucro líquido cai 44,9% no 4T11 e cresce 100,5% em 2011

Fonte: Reuters, resumida e adaptada pela Equipe BeefPoint.

2 Comments

  1. Paulo Longo disse:

    quer dizer melhora nas margens da empresa e diminuição nas margens dos pecuaristas, é pra rir mesmo

  2. NELSON PAIVA disse:

    Sou Pecuarista a mais de 40 anos. Tenho lido as reportagens do Presidente da Minerva e dos seus prognósticos sobre a reversão do ciclo pecuário. Segundo ele, o Brasil está perto de voltar ao periodo mais próspero da pecuária; a aguardada reversão do ciclo pecuário já começou, segundo ele, resultando em aumento da oferta de animais para abate e consequente queda nos preços da arroba do boi gordo. E acrescenta: “Estamos entrando em um ciclo muito favorável para o Brasil. E nós pecuaristas Presidente? Como ficamos? Será que o Presidene já viveu um ciclo de baixa de duração de 5 anos?