Ontem, 20 de março, a Minerva Foods divulgou seus resultados financeiros referentes ao quarto trimestre de 2012 (4T12). De acordo com o relatório, o 4T12 foi marcado por receita líquida recorde de R$ 1,206 bilhão, um aumento de mais de 10% com relação ao mesmo período do ano passado. Isso se deve, principalmente, ao destaque para as vendas de carne no mercado externo e para as exportações de gado vivo. O lucro no trimestre, por outro lado, foi revertido e a Companhia registrou prejuízo líquido de R$ 21,8 milhões.
O EBITDA de outubro e dezembro do ano passado somou R$ 145 milhões, uma margem de EBITDA de 12%. O EBITDA Ajustado de R$ 121,5 milhões no 4T12 foi 4,4% superior ao do 4T11, uma margem EBITDA de 10,1%. Na comparação anual, o EBITDA Ajustado de R$ 475,2 milhões foi 36,8% superior em relação a 2011. A margem EBITDA Ajustada apresentou expansão de 1,6 p.p. em relação ao resultado de 2011, alcançando 10,3% em 2012.
O faturamento do mercado interno de outubro a dezembro foi de R$ 450 milhões, com leve queda de 0,3% em relação ao 4T11. As exportações somaram R$ 836,6 milhões, avanço de 17%.
O grande propulsor do aumento da produção de carnes no Brasil no ano passado foi a forte demanda internacional, isso é devido à menor taxa de abate e produção dos Estados Unidos (3,8% no acumulado desde 2011) e Austrália (3,5% no acumulado desde 2011) , com o spread entre o preço da arroba entre o Brasil contra Austrália e EUA aumentando, tornando a indústria brasileira ainda mais competitiva no cenário externo.
De acordo com o diretor presidente da empresa, Fernando Galletti de Queiroz, a produção de proteína bovina na América do Sul viverá um cenário único. “Por um lado temos o crescimento do rebanho brasileiro, a partir de 2008/09, propiciando uma maior oferta de gado pronto para abate, implicando em redução nos preços da arroba”. Ele acredita que com essa tendência positiva para o setor, a maior disponibilidade de animais deve confirmar também nos próximos anos, contribuindo com a lucratividade da indústria.
Outro ponto relevante a este espaço é o ambiente extremamente apertado do lado da oferta mundial de carne vermelha. “Uma vez que os principais países e blocos produtores concorrentes da América do Sul, como Estados Unidos, Europa e Austrália continuam passando por situações adversas (seca, elevação do preço dos grãos, redução drástica de rebanho e retirada de subsídios governamentais), acredita-se que este cenário deva trazer perspectivas de crescimento no volume das exportações para a América do Sul”, explicou o executivo.
Fonte: Minerva Foods, resumida e adaptada pela Equipe BeefPoint.