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Ministério cobra entrega do cadastro agropecuário de AL

O Ministério da Agricultura criticou o atraso na entrega do cadastro agropecuário de Alagoas, documento considerado essencial para uma nova classificação do Estado no controle da febre aftosa.

A demora na entrega do documento, segundo o secretário Nacional de Defesa Animal, Luiz Carlos Oliveira, além de impedir a reclassificação de Alagoas, pode evitar a liberação de novas verbas para os projetos e programas da área de defesa sanitária animal do Estado.

A cobrança da entrega do cadastro foi feita na quarta-feira, em Brasília, durante reunião do secretário com o presidente da Associação dos Criadores de Alagoas (ACA), Álvaro Vasconcelos, da qual participaram também o deputado federal João Caldas e o empresário Fernando Farias. “Estive com o secretário para pedir apoio para o programa de defesa sanitária animal em Alagoas. Nosso objetivo é classificar o Estado como zona livre da aftosa, o que vai ajudar e muito, na nossa atividade. Mas, ao invés de cobrar apoio, nós de Alagoas é que fomos cobrados”, disse Álvaro Vasconcelos.

Segundo o presidente da ACA, o Ministério da Agricultura sugeriu que os alagoanos fizessem o dever de casa. “Agora, nem os criadores, nem o governo pode cobrar nada. Para qualquer nova ação do Ministério neste setor, é preciso que antes a Secretaria da Agricultura entregue o cadastro, melhore a estrutura dos escritórios regionais e reforce seu corpo técnico. Pelo menos foi isso que o secretário recomendou”, esclareceu.

De acordo com Álvaro Vasconcelos, o interesse à Região Nordeste se tornou estratégica para que o Brasil possa ser declarado zona livre da aftosa. “A região é atualmente a mais atrasada no programa da aftosa. E o Ministério da Agricultura quer mudar a situação, para que o Nordeste não atrase o cronograma nacional de classificação da aftosa, por isso deve pressionar, a partir deste ano, as secretarias estaduais de agricultura”, afirmou.

Álvaro Vasconcelos defendeu uma mobilização dos pecuaristas e políticos nordestinos para reverter a situação. “Temos uma grande oportunidade em contar com o apoio do Ministério e precisamos aproveitá-la”, defendeu.

Fonte: Gazeta de Alagoas, adaptado por Equipe BeefPoint

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