A reprovação de vários lotes da vacina contra a febre aftosa levou o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento a prorrogar o prazo para a campanha de imunização contra a febre aftosa. Prevista para durar até 30 de novembro, a segunda etapa de 2001, que abrange 14 estados, será estendida até 20 de dezembro. O Ministério da Agricultura divulga hoje um comunicado oficial sobre a decisão.
Em Goiás, como a Agência Rural antecipou a campanha para o dia 23 de outubro, serão quase dois meses de vacinação. Apesar da antecipação verificada nas últimas três campanhas, o que concedeu um prazo maior aos pecuaristas, é a primeira vez que a vacinação se estende por tanto tempo. Ontem, após receber a comunicação do ministro da Agricultura, Marcus Vinicius Pratini de Moraes, o secretário da Agricultura, Leonardo Vilela, admitiu que o setor contava com as doses que foram reprovadas pelo ministério por falta de qualidade. Segundo Vilela, outro fator que descontrolou o cronograma do ministério foi a vacinação maciça realizada pelo Rio Grande do Sul no início deste semestre. O estado teve que voltar a vacinar o gado depois dos focos de febre aftosa que surgiram no ano passado. “A prorrogação do prazo foi a melhor alternativa, pois não conseguiríamos colocar doses suficientes em tempo hábil no mercado”, comenta Vilela, acrescentando que o produtor não pode ser penalizado por este tipo de problema.
Não é a primeira vez que Goiás enfrenta a falta de vacina contra a febre aftosa. A primeira etapa do ano passado foi prorrogada por mais dez dias, depois que cidades como Rio Verde e Goiás, ficaram totalmente desabastecidas. Segundo o presidente da Associação Goiana dos Revendedores de Produtos Agropecuários (Agerpa), Gileno Andrade, já foi detectada a falta do produto em vários pontos do Estado.
Fonte:Gazeta Mercantil, adaptado por Equipe BeefPoint