O ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues, afirmou que o governo federal realizará novos exames em todos os 211 animais do Paraná que tiveram trânsito em áreas com febre aftosa ou contato com bovinos do Mato Grosso do Sul. “Serão examinados o líquido do esôfago e da faringe desses animais, porque normas internacionais admitem que é possível a permanência do vírus da aftosa nessas regiões do corpo por algum tempo sem que a doença se manifeste”, afirmou.
“A partir dos resultados negativos desses exames poderemos informar ao Brasil e ao mundo que não há focos da doença no Paraná”, disse. A decisão de realizar os exames foi tomada em uma reunião entre ele e sua equipe com o governador em exercício e secretário de Agricultura do Paraná, Orlando Pessuti. A reunião foi feita na fazenda do ministro, em Guariba (SP), e dela também participaram produtores, pecuaristas e representantes de frigoríficos paranaenses.
Rodrigues informou que até os novos exames estarem concluídos, com prazo ainda indefinido, o governo manterá as medidas de interdição de fazendas e de proibição do comércio a partir das 36 cidades paranaenses. “As decisões serão mantidas como se houvesse o foco no Paraná e são para manter a credibilidade do País”, justificou.
O ministro disse, no entanto, que técnicos do governo federal e do Paraná estão analisando os exames já realizados nos animais e é provável que nesta semana seja reduzido de 25 quilômetros para 10 quilômetros o raio de interdição no entorno das propriedades com animais suspeitos. “Igualmente, após essas análises, poderemos flexibilizar a proibição do comércio entre o Paraná e outros estados. Estou disposto a convocar os secretários da agricultura desses estados para pedir que suspendam possíveis barreiras sanitárias”, explicou.
Com essa reunião e as medidas a serem tomadas na semana, Rodrigues espera pôr fim à polêmica entre o ministério e o governo paranaense.
Fonte: O Estado de S.Paulo (por Gustavo Porto), adaptado por Equipe BeefPoint