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Ministério prefere não interferir na briga

De acordo com o coordenador-geral de Pecuária e Culturas Perenes do Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (Mapa), Eduardo Sampaio, o órgão acredita que “os setores têm de conversar para tentar um entendimento”. Segundo ele, o ideal é que não haja nenhum tipo de intervenção do ministério. O coordenador acrescenta que isso seria uma medida extrema e que há fóruns adequados para resolver a questão. “Essa discussão está no Fórum Nacional Permanente da Pecuária de Corte da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e na Câmara Setorial da Pecuária.”

Segundo o presidente do Fórum, Antenor Nogueira, que representa os pecuaristas, “não há conversa enquanto a tabela vigorar”. Há duas semanas, Nogueira deixou de comparecer a uma reunião agendada para discutir a questão. “Não queremos discutir preço, porque quem regula isso é o mercado, mas não vamos conversar enquanto essa tabela, decidida de forma unilateral, estiver vigorando”, diz.

Para contrapor a ação dos frigoríficos, a CNA veiculou recomendação para que os pecuaristas diminuíssem a entrega de bois para o “estritamente necessário”, pelo período de 30 dias. Embora diga não discutir preços, o fato é que o preço da arroba do boi interrompeu um período de queda e se estabilizou depois da reunião do dia 18 de fevereiro.

As novas práticas de compra de gado adotadas pelos frigoríficos reduzem ainda mais a capitalização no campo, podendo comprometer a atividade a médio prazo. Segundo Nogueira, da CNA, para conseguir manter sua capitalização, os criadores estão aumentando o ritmo do abate de fêmeas, o que reduzirá a oferta de bezerros em médio prazo.

Fonte: O Estado de S.Paulo/Suplemento Agrícola (por Ibiapaba Netto), adaptado por Equipe BeefPoint

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