A expectativa do ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes é que a negociação sobre o embargo com a União Européia (UE) possa durar mais de quatro meses. "Do jeito que está, com 300 propriedades, não é possível encher um contêiner para exportar. Precisamos de 3 mil a 5 mil propriedades", afirmou, depois de participar de reunião na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).
A expectativa do ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes é que a negociação sobre o embargo com a União Européia (UE) possa durar mais de quatro meses.
“Do jeito que está, com 300 propriedades, não é possível encher um contêiner para exportar. Precisamos de 3 mil a 5 mil propriedades”, afirmou, depois de participar de reunião na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).
Segundo ele, o governo terá que discutir como será o processo de agregação de novas propriedades à lista e lembrou que os europeus não questionam a sanidade, mas a rastreabilidade do rebanho brasileiro.
Segundo o ministro, o erro do Brasil foi aceitar as mesmas regras aplicadas na Europa. “Elas foram criadas por causa do mal da vaca louca, doença que nós não temos.”
Ontem, último dia para entrega das listas elaboradas pelos seis Estados que compõem a área habilitada para exportar carne para o bloco, a certeza era de que a lista que será entregue pelo secretário de Defesa Agropecuária, Inácio Kroetz, às autoridades européias, indicará um número de fazendas superior às 300 pedidas pelos europeus. O total também deve superar também as 600 fazendas estimadas na semana passada por Stephanes.
As informações são de Fabíola Gomes e Fabíola Salvador, do O Estado de S.Paulo.
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Pecuarista bem informado jamais será enganado.
Neste artigo, e também no site ABNP.ORG.BR, podemos ver que, segundo as notícias de hoje, 12 de fevereiro, relativas à reunião de ontem na FIESP, o ministro disse
1) O erro do Brasil foi ter aceitado, sem discussão, as exigências européias.
2) Elas foram criadas por causa do mal da vaca louca, doença que nós não temos.
3) O maior erro do Brasil foi assinar um acordo com os europeus, oito anos atrás, comprometendo-se a rastrear todo o gado, desde o nascimento até o abate. Isso porque a rastreabilidade completa faz sentido apenas para a Europa, onde os rebanhos são confinados, vivendo sempre numa mesma propriedade, e há incidência de vaca louca, uma doença letal e transmissível para o ser humano. No Brasil, ao contrário, as doenças ligadas à pecuária, como a febre aftosa, não são transmitidas ao homem. Além disso, o modo de criação é completamente distinto. Por aqui, é comum um animal ser inseminado numa fazenda, engordado em outra e acabado numa terceira propriedade. Ou seja: o gado pode viajar milhares de quilômetros ao longo de sua vida útil, sem que isso ponha em risco a qualidade e a sanidade da carne.
4) Menos de 3% da produção do Brasil vai para a União Européia e temos outros compradores. Segundo o ministro, não há risco também de outros compradores embargarem a carne brasileira.
Agora eu pergunto: para que os pecuaristas precisam do ERAS, e de todo o sofrimento que o acompanha? Se ninguém mais aderir, e se quem aderiu desistir, seremos muito mais fortes em nossos embates com os frigoríficos, e eles não terão como desvalorizar nossa mercadoria caso deixemos de nos submeter a exigências estapafúrdias.
SISBOV? Não brinco mais!
Ou o mapa impõe uma rastreabilidade para todo o rebanho nacional ou desiste do sisbov, pois é claro que estão perdidos e não sabem o que fazer, técnicos vivem de papéis e estatísticas e não conhecem realmente o que acontece no campo, não é fácil para o pecuarista trabalhar assim, seria bem mais fácil acabar com os certificados, certificar as fazendas e identificar o rebanho com chip para quando chegar na calha do frigorifico seja feita a leitura do animal e conferido se é da fazenda que esta no sumário, assim seria bem mais fácil e bem mais organizado chega de tanta burocracia.
Parece que a solução para tudo isso é desistir desse mercado que representa pouco mais de 3%. A procura de outros mercados seria uma ótima saída.
Abraços
É uma pena que os brasileiros se curvaram ao “mal dos irlandeses loucos”, e só agora o Ministro da Agricultura reconhece que o Mapa foi ingenuo, infantil, inconsequente, imprudente, em aceitar as imposições da União Europía.
Os irlandeses estão loucos, porque não tem condições de competir com o agronegócio brasileiro.
Senhores do Mapa, tenham coragem e determinação; negociem como representantes de uma pecuária desenvolvida, capaz e determinada em produzir carne de qualidade para todo o mundo.