O Ministério da Agricultura da Austrália finalmente interveio na batalha da indústria de carnes do país sobre a alocação dos exportadores na cota de exportação deste produto aos Estados Unidos. O ministro da Agricultura australiano, Warren Truss, anunciou que a cota será dividida, com 60% dela destinada aos exportadores que atualmente já vendem carne aos EUA, e 40% para os demais exportadores, que vendem carne a outros mercados.
A decisão de Truss foi baseada no acordo modelo fornecido pelo Conselho Consultivo sobre Carne Vermelha da Austrália, mas incluiu também as perdas e ganhos dos processadores individuais. Segundo Truss, nenhuma companhia irá receber menos do que 85% de suas exportações do ano passado, ou mais do que 140%. “Haverá um critério especial para aqueles que venderam mais de 90% de suas exportações aos EUA. Eles receberão uma alocação mínima de 90%”.
Para o ministro, essa medida altera a balança, mas é justa. “Aquelas companhias que construíram sua participação no mercado dos EUA estão aptas a manter alguns de seus arranjos comerciais. E aqueles que estão ansiosos para entrar neste mercado terão uma oportunidade de participar”.
O ministro disse que iriá revisar esse novo sistema no meio do ano que vem. Essa decisão desagradou o grupo de pecuaristas do Conselho de Pecuaristas da Austrália.
Qualquer alteração no sitema seria implementada antes do início do ano de 2004, o que criaria mais incertezas para a indústria, segundo o presidente do conselho, Keith Adams. “Nós queríamos que, uma vez que um sistema seja colocado em prática, ele durasse até que houvesse necessidade de nova regulamentação. Isso poderá desestabilizar a indústria do país”, afirmou.
Fonte: ABC National Rural News, adaptado por Equipe BeefPoint