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Ministro declara guerra à aftosa

“Estamos em guerra contra a aftosa”, disse ontem, 10 de novembro, o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Roberto Rodrigues, ao comentar o projeto piloto de mobilização social “Brasil Livre de Febre Aftosa” que o Mapa, juntamente com a Agência de Defesa Sanitária do Pará (Adepará), lançará no próximo dia 26 em Santarém. A campanha será realizada em 13 municípios das regiões do Baixo e Médio Amazonas (considerada de alto risco para a febre aftosa) e, numa segunda etapa, nos demais estados da Amazônia.

O projeto vai envolver toda a sociedade (universidades, escolas de primeiro grau, igrejas, sindicatos, prefeituras e associações civis) e contará com o apoio do Exército, Marinha, polícias civil e militar.

Nas sedes dos municípios, serão ministradas palestras sobre educação e defesa sanitária, além de shows com grupos folclóricos, cantadores e conjuntos regionais para mobilizar e despertar o interesse das comunidades pela campanha.

Após destacar que pela primeira vez uma campanha de vacinação envolve toda a sociedade, o ministro disse que o melhor fiscal agropecuário é o consumidor bem informado. “É fundamental para o sucesso dessa empreitada que o consumidor participe ativamente e seja nosso parceiro, porque ele será o principal beneficiado com um produto saudável e de qualidade reconhecida”, salientou Rodrigues.

Para o ministro, trata-se de uma verdadeira guerra que o Brasil precisa vencer. “É uma questão de segurança nacional mantermos os mercados que conquistamos para a carne bovina brasileira, que representam um volume de negócios superior a US$ 2,5 bilhões este ano”.

Segundo Rodrigues, “não há mais lugar para amadorismo, quando atingimos a condição de maior exportador de carne do mundo e quando todo esse esforço pode ser comprometido por focos isolados da doença, como ocorreu no Pará e no Amazonas”.

Ele lembrou que esse descuido comprometeu não só as exportações de carne bovina como também as vendas de carne suína e de frango de Santa Catarina. “Tecnicamente esse embargo não faz sentido, mas o argumento comercial acabou prevalecendo”.

Rodrigues afirmou que “investimentos em sanidade do rebanho significam investimentos na defesa do consumidor e quanto mais moderna se torna a pecuária mais renda e empregos ela cria. Hoje a cadeia produtiva da carne bovina gera 8 milhões de empregos diretos e indiretos”, concluiu.

Fonte: Mapa, adaptado por Equipe BeefPoint

0 Comments

  1. Julio Cesar dos Santos disse:

    Confio que o Ministro cumpra com o discurso que anuncia. Não temos motivo para não acreditar nele.

    Mas é preciso enxergar o governo como um todo e sabermos das dificuldades de alocação de recursos pelo governo a que pertence. Até agora temos muito menos do necessário para o programa de sanidade.

    O que fazer?