O ministro da União Européia para Agricultura, Desenvolvimento Rural e Pesca, Franz Fischler, prometeu ontem, em Brasília, antecipar ainda para este ano as visitas para novos cadastramentos de indústrias regionais, que estavam marcadas para janeiro de 2002. As inspeções podem incluir também os setores de aves e suínos.
Desta forma, os frigoríficos do Centro-Oeste poderão exportar carne para a Europa antes do esperado – antecipação estratégica para a balança comercial dos estados da região que, juntos, possuem um rebanho de 59 milhões de cabeças de gado. Os pedidos de vistoria estão protocolados desde maio deste ano.
A União Européia é um dos principais parceiros comerciais do Brasil, com os negócios fortalecidos nos últimos cinco anos. Entre 1996 e 2000, o volume comercializado aumentou de R$ 56 bilhões para R$ 85,3 bilhões, o que corresponde a 53%. Segundo Fischler, hoje, a UE absorve 29% das exportações brasileiras e 42% das vendas agrícolas ao exterior, das quais 60% entram isentas de tarifas aduaneiras.
A tarifa média para produtos agropecuários é de 17,3%. Os principais produtos exportados são soja em grãos (12,8%) e farelo de soja (10,29%). A carne de frango in natura participa com 2,99% da pauta, e a carne bovina desossada, com 1,95%. Embora as exportações de carne bovina tenham tido pequena retração de janeiro a agosto deste ano, em relação ao mesmo período do ano passado, as exportações totais tiveram aumento de 44,37% em volume, chegando a 300 mil toneladas.
Fonte: Gazeta Mercantil (por Gisele Teixeira), adaptado por Equipe BeefPoint