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Ministro Rossi recebe certificadoras do grupo ÚNICA (SISBOV)

No dia 08 de fevereiro de 2011, o Ministro da Agricultura Wagner Rossi recebeu em seu gabinete uma delegação do Grupo Única. Em uma conversa produtiva e franca, o Ministério voltou a abrir as portas para as certificadoras na participação dos estudos e projetos de evolução e modernização do sistema. Na sua opinião, o que o MAPA e o ministro da agricultura Wagner Rossi precisam alterar/melhorar no Sisbov atual?

Leia o press release que Luciano Medici Antunes enviou ao BeefPoint, abaixo:

No dia 08 de fevereiro de 2011, o Ministro da Agricultura Wagner Rossi recebeu em seu gabinete uma delegação do Grupo Única. Em uma conversa produtiva e franca, o Ministério voltou a abrir as portas para as certificadoras na participação dos estudos e projetos de evolução e modernização do sistema.

“O mais importante de tudo foi à volta do diálogo e compromisso de parceria entre Ministério e Certificadoras” afirmou o presidente da UNICA Luciano Antunes. Além disso, firmou-se o compromisso da participação das empresas dentro das oportunidades e processos evolutivos e novas necessidades que estarão permanentemente surgindo.

Presentes também na reunião estavam os senhores Enio Marques, Luis Carlos de Oliveira e Guilherme Henrique, responsáveis pelo processo de modernização dos programas do MAPA. Segundo Enio Marques, o MAPA está evoluindo na velocidade do mundo moderno, e estes ganhos tem que estar presentes em todos os programas que o MAPA trabalha, entre eles o SISBOV.

Também foram discutidas as ações para a recepção da missão da União Europeia que vem ao Brasil nas próximas semanas.

Na sua opinião, o que o MAPA e o ministro da agricultura Wagner Rossi precisam alterar/melhorar no Sisbov atual?

0 Comments

  1. Jonas A. Sousa disse:

    Parabéns ao MAPA, pois o conhecimento se ganha escutando e não falando “ditando regras elaboradas por meia dúzia de pessoas que se acham capacitados no assunto”, com essa iniciativa das certificadoras foi muito bom, para melhorar, tinha que regularizar a questão do produtor optar em exportar o seu gado mesmo em épocas que não paga bonificação por ter um boi Europa. Mais fico feliz de saber que todos estão com disposição para fazer melhorias.

  2. José Ricardo Skowronek Rezende disse:

    Qualquer sistema precisa de melhorias continuas. E o SISBOV não foge a regra.

    Mas tenho defendido o aproveitamento natural do aprendizado, esforço e investimentos despendidos neste processo.

    Um pouco de flexibilidade e modernidade ajudariam na solução de várias das dificuldades que ainda precisam ser superadas.

    Também defendo a valorização do uso gerencial pelo produtor da rastreabilidade e creio que o apoio de órgãos públicos de difusão / extensão agropecuária nesta direção deveria ser incorporado. Boa parte dos problemas ainda é decorrente de capacitação da mão-de-obra disponível.

  3. Mario Ribeiro Paes Leme disse:

    Apenas cito de minha parte,que acabaram-se todos incentivos para quem participa da Lista Traces. Quem está seguindo toda esta parafernália do SISBOV hoje ,são aqueles que tentam aqui em Goiás,modernizarem a sua adminitração de propriedade rural pois não se têm nada de INCENTIVO R$.

  4. Marco Antônio Guimarães Marcondes disse:

    O Sisbov atual necessita receber ajustes rapidamente, absorver as propostas oferecidas pelo comite consultivo. O produtor necessita diminuir seus custos com a certificação, pois a remuneração é insuficiente para manter toda a estrutura na fazenda. Grandes foram os avanços desde 2002, mas estão se perdendo ao longo do tempo. Agir rapidamente para o sistema não sucumbir sozinho, o esvaziamento é evidente. Pior que perder as esperanças é perder a confiança do produtor.Trabalhar sem perpectivas e definições sobre o futuro da relação produtor-Sisbov-frigorifico é testemunhar um total desrespeito pela nossa atividade.

  5. Márco Mello Carnelossi disse:

    Os Frigoríficos estão bonificando muito pouco os produtores que mantem suas propriedades na lista Tracer, tornando o procedimento pouco atrativo uma vez que temos custos altos e os valores não estão sendo devidamente agregados. Algumas vezes eles alegam que não tem contrato de exportação, contudo, nós produtores somos obrigados a mandar nossos animais para abate com toda a documentação exigida pelo MAPA, ou seja, como se fossem para exportação. Aho que deveria haver uma diferença aí. Se o frigorífico alega não ter contrato de exportação e não nos bonifica, obviamente que não deveriamos entregar-lhes toda a documentação de nossos animais. Com certeza nos sentiriamos mais seguros. Se o frigorífico não nos bonifica corretamente, não merecem exportar a carne que levamos 3 anos para produzir.

  6. José Ricardo Skowronek Rezende disse:

    O Sr Márco Mello Carnelossi esta correto ao propor que os produtores possam decidir no ato do embarque se concordam ou não em oferecer aos frigoríficos as infomações / condições adicionais necessárias a exportação da carne oriunda de seus animais. Afinal suportaram sozinhos com os custos do processo. MS e GO já implantaram soluções neste sentido. É preciso que os demais Estados os sigam.

  7. Silmar Serafim disse:

    Será que o recebimento do Diferencial a mais por @ pelo produtor na comercialização de seus animais rastreados junto aos frigoríficos exportadores não é PURAMENTE DE COMÉRCIO LIVRE ?

    A questão COMERCIAL comparo ao seguinte caso :

    Vou até uma concessionária de automóveis e noto que para eu adquirir um determinado veiculo me é oferecido duas opções – COM OU SEM TURBINA.

    Vejo portanto que no meu caso, como viajo sempre carregado e por estradas com muitas subidas, um veiculo com turbina me proporcionará um melhor desempenho e consequente mais retorno.
    Para isto o vendedor me informa que terei de pagar um diferencial A MAIS de preço.
    Então no meu entender de minhas necessidades,se preciso de um automóvel com TURBINA nada mais justo do que eu pagar A MAIS por isto.

    E que se eu optar por não pagar este diferencial, ele me entregará somente um veiculo sem TURBINA, visto que o produzido por ele com TURBINA tem maiores custos.

    Esta certo ele,

    “ISTO É COMÉRCIO LIVRE”.

  8. Fábio Henrique Ferreira disse:

    Frigoríficos utilizaram-se da rastreabilidade em 2010 como forma de manobra para aumentar seus lucros.

    Não pagaram diferencial para alguns e pagaram e muito bem para outros.

    Tiro no próprio pé pois necessitam do animal rastreado e no decorrer do tempo os produtores iriam sair.

    Somente após GOIÁS E MATO GROSSO DO SUL criarem a opção para o produtor desabilitar os animais se não fosse remunerado ai sim os frigoríficos voltaram na HORA a pagar, estão pagando 1 a 2 reais a mais e temos informacoes que produtores grandes conseguem de 5 a 6 reais a mais por @. AMIGO PRODUTOR DE GOIAS NÃO ACEITE O FRIGORIFICO NIVELAR POR BAIXO. Produtores de MATO GROSSO E MINAS procurem seus representantes para que o mesmo processo também seja implementado.

    Discordo totalmente do Rodrigo Trigo, se um sistema como o vislumbrado fosse implementado, os frigoríficos teriam muita oferta. Se em periodos como os atuais de pouca oferta, poucas fazendas e animas rastreados os frigoríficos arrumam manobra para não pagar imaginem com um sistema simples e frágil como o vislumbrado. Ademais uma outorga de um oficial maior de um cartório em um PAPEL, não garante muita coisa.

    Não vejo como muitos outros nada de dificil no modelo atual, vejo que os frigoríficos pagando com constancia um valor mínimo e em determinado momento melhores valores e deixar de lado a CIGANAGEM a qual ele mesmo se prejudicará em algum momento, que novos produtores vão retornar ao sistema.

    Com relação a investimento o de nossa família atualmente está a um custo de produção de R$4,35 reais por animal rastreado. Além da remuneração no frigorífico este modelo reduziu na propriedade a quantidade de morte de animais, regularizou nossa ficha de inscrição estadual onde hoje tenho controle adequado de GTA´s emitidas e recebidas, além de que pela identificação individual e auditoria que recebemos, hoje tenho a certeza que um animal de 12 meses hoje lançados no sistema que daqui um ano encontrarei o mesmo animal com 24 meses e não um animal de 15 – 18 meses “ou até mesmo um bezerro”.

  9. Bruno Leite disse:

    Fala-se muito de rastreabilidade para exportar, atender mercados, frigorifico que não exporta não paga o preço, etc. mas o grande problema somos nós, consumidores internos! não exigimos qualidade nenhuma! e a grande parte de nossa produção somos nós que consumimos. Esta passando da hora de o brasileiro ser mais exigente com os produtos que consome. basta verificarem a qualidade e higiende dos frigorificos exportadores e aqueles frigomatos de onde vem nossa carne do dia a dia.

  10. Eduardo Cesar Sanches disse:

    Concordo com o Fábio Ferreira que a opção para o produtor desabilitar os animais é uma boa ferramenta e deve ser implantada rapidamente nos outros estados, mas questiono por exemplo se não há produtores desabilitando, enquanto outros não desabilitam impedindo que o diferencial aumente??
    Acredito que a melhor ferramenta, e que deve ser elaborado projeto para aprovação do governo, é a garantia de um diferencial mínimo assim como diversos produtos tem, e ainda eu opinaria que o melhor seria não em R$, mas em porcentagem em relação ao valor atual.

    Outro ponto é que devemos primar por escolher os melhores produtores fornecedores dessa carne e proporcionar capacitar gradualmente novos interessados. Isto está sendo perdido sem esse trabalho em cima da manutenção do diferencial, e a grande maioria dos produtores de qualidade que saem não volta fácil, abrindo espaço para os menos qualificados.

  11. JOÃO ABADIO PEREIRA disse:

    Parabens a todos da ÚNICA, pela iniciativa, afinal continuamos levando os ferrmentais necessarios para implantar o sistema em todo o pais.

  12. Marco Antônio Guimarães Marcondes disse:

    Em qualquer sistema oficial oferecido aos produtores, a manutenção da identificação dos animais com brinco auricular, continuará sendo o grande desafio, pois os mesmos não permanecerão fixados ao longo de vários anos. A diferença entre cadastro na BND e os animais identificados/reidentificados continuará existindo. Precisa existir uma tolerancia para esta diferença e promover um ajuste obrigatório a cada ano ou 2 anos. Em contrapartida a fazenda registra e controla a quantidade de animais reidentificados, isto é muito fácil. Outra questão é do erro de anotação dos números para embarque/abate. Isto ocorre com frequencia, principalmente nas propriedades que não utilizam software, leitores de brincos ou chip. Os frigoríficos também erram na leitura. Entretanto esta diferença deverá ser mantida na faixa de tolerancia. Isso já foi praticado no Sisbov, quando da certificação para a lista geral (-5 a + 10%). Com esta simples atitude, muitos produtores que estão fora do Sisbov, poderiam permanecer ativos. Contribuindo ao comentário do Bruno Leite, acredito que para 2011 as redes de supermercado estarão interessadas em desenvolver um sistema de garantia de origem, aliando o produtor, o frigorifico e o varejo. Gerando uma maior confiança e informação ao consumidor nacional. Este é o grande mercado que despertou o interesse de todos.

  13. José Ricardo Skowronek Rezende disse:

    Prezado Roberto Trigo Pires de Mesquita,

    Desculpe discortar da sua opinião.

    Digitalizar e registar em cartório um documento / certificado não atende as necessidades do setor.

    Atualmente o processo de rastreabilidade e certificação pode ser validado em tempo real pela BND sem nenhum custo para o produtor e com absoluta segurança. E para buscas ao invés de um GED contamos com um banco relacional da ORACLE.

    Simplesmente a proposta de digitalizar e registrar não resolve nenhuma das atuais dificuldades do SISBOV e não reduz nenhum de seus custos, apenas agrega novos.

    Uma das grandes criticas as certificadoras é a “reserva de mercado” conferida pelo credenciamento. Isto apesar do processo de credenciamento de empresas ser livre e não restrito. Não há qualquer tipo de oligopolio e sem livre concorrência entre as empresas, como pode ser comprovado pela grande dispersão de preços praticados.

    Já cartórios sim contam com resreva de mercado e preços tabelados.

    O que precisamos é simplificar mais tudo o que for possível, sem perda de qualidade, não burocratizar ainda mais o processo.

    Att,

  14. Marcelo Ribeiro disse:

    Caros Amigos,

    Fui dessa area bem no inicio, e hoje apos 10 anos (e como passou rapido!), vivendo fora do Brasil, faco a seguinte leitura:
    O mesmo PAPO FURADO de sempre, com as mesmas pessoas, mudando apenas o REI (no caso o Ministro).
    O show continua e o resultado pratico e real, infelizmente nenhum!

    Viva a Republica da Enganacao!

    Marcelo Ribeiro

  15. José Ricardo Skowronek Rezende disse:

    Prezado Roberto T. P. Rodrigues,

    Me desculpo antecipadamente pela forma direta e bem franca de expor minhas idéias.

    Não posso evitar a crítica à reserva de mercado dos cartórios, pois é um fato. E se no modelo proposto por vc os documentos digitalizados precisam ser levados ao Cartório para registro dá na mesma para o produtor quem recebe pelo que.

    Mas minha crítica ao modelo proposto é muito mais abrangente. Diz respeito a essencia do que seja um sistema de rastreamento bovino.

    Um sistema de rastreabilidade bovina é um conjunto de ações e registros que permitem recuperar rapidamente o histórico de um animal sempre que necessário. O SISBOV não se resume a um certificado e aos DIAs. É preciso muito mais.

    È preciso que se identifique e caracterize os animais, é preciso que se identifique e caracterize os produtores e propriedades, é preciso que se registre todas as movimentações e tratos dos animais, é preciso que uma terceira parte vistorie e certifique o processo, é preciso que os demais elos da cadeia estejam integrados (frigorificos, órgãos de defesa animal, etc), etc, etc, etc.

    O custo para o produtor de R$ 4,50 a que o Sr Fábio Henrique alude com propriedade é decorrente do conjunto de ações e insumos necessários a estas tarefas. Inclusos não apenas os custos dos produtores com fornecedores (certificadoras, fabricantes de brincos, fornecedores de softwares, etc) mas também os seus custos internos de coleta e organização dos dados pertinentes a serem auditados periodicamente.

    E a única coisa que o modelo proposto por você poderia alterar, ao meu ver, seria o processo de validação do certificado da propriedade e do DIA (documento de identificação animal). E não eliminaria nenhum custo atual, pois só podemos digitalizar um documento que tenha sido impresso.

    E quais seriam as razões da alteração? Imagino que um alegado incremento de segurança.

    Porém vale notar que não temos uma único registro de fraude envolvendo este documentos desde o início da vigência da IN 17. E porque? Bem, existem algumas caracteristicas antigas de segurança no processo, como o DIA ser impresso em um papel especial, só fornecido as certificadoras credenciadas, nele ser impressa uma chave de autenticação específica de cada animal que o MAPA só informa a certificadora responsável pela sua inclusão na BND, etc, etc, etc. Mas não são elas, ao meu ver que garantem a ausencia absoluta de fraudes destes documentos. O que de fato garante isto, desde a implantação da IN 17, é a possibilidade de consulta em tempo real na BND destas informações por todos os agentes envolvidos.

    Exemplificando, de que vale “falsificar” um DIA ou um certificado de propriedade se o frigorífico é obrigado a consultar na BND cada animal a ser abatido, conferindo dados de caracterização (sexo, idade e raça) e sua origem (propriedade, produtor e status de certificação)? Uma falsificação não gerará benefícios ao infrator, pois será detectada e o(s) animal(is) em questão desclassificados.

    Att

  16. José Ricardo Skowronek Rezende disse:

    Prezado Roberto Mesquita,

    Creio que ainda não consegui ser claro.

    O atual processo de rastreabilidade bovina e certificação de propriedades não é um mero ato declaratório dos produtores.

    Envolve procedimentos de validação de terçeira (certificadoras) e quarta (governo) parte. Tanto do processo de identificação individual e caracterização dos animais, com sua inclusão na BND, como de movimentação e baixa dos mesmos.

    Não podemos esquecer ainda que as movimentações dos animais ao longo do ciclo de produção muitas vezes ocorrem entre áreas com diferentes status sanitários e que as mesmas precisam ser registradas em uma base de dados que possa ser acessada livremente pelos órgãos de defesa animal.

    E são estas exigências que envolvem diversos esforços dos produtores e de seus fornecedores que encarecem o processo. Não a emissão / validação de documentos acessórios.

    O que vc sugere é apenas a criação de um documento de identificação animal, individual ou em lote, e de um certificado de propriedade que seriam digitalizados e registrados em Cartório, podendo ser acessados / consultados por terçeiros.

    Porém o custo atual de impressão destes documentos é relativamente baixo e não teria qualquer alteração de peso – na verdade a tendência atual inclusive é a substituição dos DIAs por comunicados de saida de animais, reduzindo imensamente o volume de documentos gerados para o SISBOV; apenas acrescentaríamos no seu modelo aos custos de impressão destes documentos os custos de digitalização e registro dos mesmos, estes sim altos.

    E os custos de validação / acesso aos cartórios seriam pagos por quem, pois atualmente os produtores, frigoríficos, SIFs e órgãos de defesa não tem qualquer custo de acesso à BND? E como seriam lançadas ao longo do tempo as movimentações dos animais nestes documentos digitalizados? Ou a cada movimentação seria emitido, digitalizado e registrado um novo documento? E no caso de controle por lote como seria feito o controle quanto houvessem “quebras” ou “fusões” dos lotes, como ocorrem na imensa maioria das vezes?

    Mas a pergunta mais importante é quem será o responsável pela emissão deste documentos no seu modelo? Se forem emitidos pelos próprios produtores, sem qualquer processo de validação de terçeira parte, será que agregarão valor para os produtores? Será que há uma demanda de mercado que remunere lucrativamente um mero ato declaratório dos produtores? Sinceramente não creio.

    Por último informo que apesar de não julgar necessários para um sistema de rastreabilidade bovina não nego os benefícios dos serviços cartoriais, apenas contesto, com muita veemencia, os seus custos. E estou certo que tenho muita companhia nesta crítica.

    Por isto apoio aperfeiçoamentos do atual sistema de rastreabilidade, que atende a nichos de mercado, e a criaçao, pelo governo, de um sistema ainda mais simples para atender a lei 12.097/2009.

    Att,

  17. Fábio Henrique Ferreira disse:

    Totalmente coberto de razão José Ricardo. Se não me engano no domingo vi reportagem de venda de certidão de nascimento, certidão de óbito e inclusive de reconhecimento de firma. ou seja tudo cartorial com falsificação correndo solta.

    penso como vc também jose ricardo, um ato declaratório nunca irá agregar valor a nada, ademais um determinado cidadão declara ser honesto e reconhece firma da afirmação, vc roberto trigo emprestaria ao mesmo 1 milhão de reais???

    o sistema que está ai atende e é totalmente viável para rastreamento e gerenciamento, o financeiro não cabe às certificadoras, produtores ou reduções de custo em cima de redução de trabalho de checagem, de certificação. cabe sim aos frigoríficos, cabe aqui parar de discutir sistema, certificadora, custo e etc.

    cabe atitudes de fechamento como o da gta, onde se o frigorifico nao pagar o produtor pode anular a exportação. engraçado que foi só isto ocorrer que os frigoríficos voltaram a pagar.

    beefpoint e demais leitores, produtores e etc….vamos mudar o foco, vamos colocar o foco onde precisa. beefpoint abra neste foram discuções como esta da gta e parem com discuções de mudança de sistema, isto nunca agregará ao produtor. isto só nao está claro para quem nao quer ver ou para quem tem interresses peculiares e particulares nas mudanças, na maior oferta de animais em um sistema frágil de ato declaratório que nunca será reconhecido e não terá valor.

  18. José Ricardo Skowronek Rezende disse:

    Prezado Roberto Mesquita,

    Realmente há um custo para o MAPA manter a BND. Acho que até modesto para o tamanho do mercado atendido. Mas não há qq custo para os produtores, frigoríficos e órgãos estaduais de defesa.

    O que vc esta propondo é que passemos a arcar com os custos cartoriais em substituição as despesas do governo federal com a BND?

    Em última instancia são nossos impostos que bancam qualquer ação do governo. Mas ao menos neste caso específico nossos impostos retornam como benefício para o setor. Creio que merecemos retorno dos impostos pagos.

    Por isto se sua proposta é trocar a BND gratuita para nós por um sistema de GED dos cartorios de titulos e documentos oneroso não concordo.

    Mas passado todo este tempo vc achar que o problema da rastreabilidade bovina se resuma a um ato declaratório dos produtores, sob um processo de rotulagem, demonstra bem nossas divergências de opinião.

    É preciso entender melhor as especificades do processo produtivo pecuário e como um sistema de rastreabilidade pode contribuir com os controles necessários para as políticas públicas de defesa animal e garantia da segurança / inocuidade alimentar. E certamente não é com um rotulo baseado em um ato declaratório.

    A seguir sua linha de raciocínio seria muito melhor o governo simplesmnte liberar totalmente o acesso direto dos produtores à BND, como já discutido pelo setor. E sem custo. Não tenho nada contra o auto-lançamento pelo pecuaristas, pelo contrário. Inclusive o defendo.

    Apenas entendo que os produtores precisam de suporte e de acompanhamento nesta tarefa, afinal ainda é um desafio para a maioria deles se enquadrarem dentro de regras e controles. E entendo que o processo de certificação e as auditorias do governo é que conferem credibilidade ao sistema e evitam desvios de conduta dos agentes. E não vejo necessidade de agregar custos cartorais ao sistema, pois estes serviços não agregam nada ao processo.

    Att,

  19. Luciano Abrão Fagundes disse:

    Nesta semana conseguimos vender em nossa região com 4R$ de diferencial.
    E segundo informações do frigorífico MATABOI, teremos pela frente uma crise de bois rastreados, ou seja, não terá essa mercadoria daqui a alguns dias, sem falar da falta do próprio boi comum.
    Então acredito que quem tem essa mercadoria nas mãos pode “colocar o pé no toco” que vão pagar por ela.
    Já tem um tempo que a classe não procura mais certificação, trabalho com rastreabilidade desde o início, e a procura está muito baixa para não falar zerada.
    Esse é o quadro da minha praça.

  20. José Ricardo Skowronek Rezende disse:

    Prezado Roberto Trigo Pires de Mesquita,

    Fico feliz que estejamos de acordo que o auto-lançamento seja o caminho para simplificar e baratear o processo de rastreabilidade bovina. Para aqueles produtores que optarem pela identificação individual dos animais visando atender mercados específicos e obter melhores preços basta liberar o acesso dos mesmos à BND. A BND é um sistema público e consolidado, aprovado pela UE e bancado integralmente pelo governo.

    E concordo que para a implantação do previsto na lei 12.097/2009, que será obrigatória e ptto não trara qq diferencial de preço para o produtor, a opção mais barata será a identificação dos animais por lotes, utilizando a GTA como referencia. Na minha opinião para esta rastreabilidade, que não remunerara o produtor, o pecuarsita não terá que fazer nada de diferente do que já faz atualmente: manter sua ficha junto ao órgão de defesa atualizada e solicitar a emissão da GTA previamente a movimentação dos animais. Quem terá que investir para aperfeiçoar seus controles serão os órgãos de defesa.

    Mas critico com veemencia a ideia de abandonarmos a BND, estável e confiável após tantos anos de investimento público, para arcarmos, nos produtores, com os custos e riscos de desenvolvimento do seu acalentado prjeto de digitalização registrada em RTD. O que defende pode, não estou bem certo, fazer sentido para o governo, mas certamente não para nós produtores.

    Já acha quer com o custo de manutenção da BND daria para o governo distribuir gratuitamente identificadores eletrônicos para o rebanho brasileiro só demonstra falta de conhecimento. A desproporção econômica destas ações é imensa.

    Att,

  21. Mario Ribeiro Paes Leme disse:

    Acontece Sr josé Ricardo -Diretor Grupo Resende- que existem tantos pormenores nisto tudo,que não é nada fácil conseguir esta modificação em prol dos produtores. É como querermos que a Equipe da UE lá de longe nos satisfaça a curiosidae de quem realmente ELES vão visitar,ao invés de ficarmos escutando e lendo a resoeito de TENTATIVAS de visitas da mesmo. Que fazer?

  22. José Ricardo Skowronek Rezende disse:

    Caro Roberto Mesquita,

    Desculpe se fui rude. Não foi a intenção. Apenas defendo minhas opiniões.

    Um identificador eletrônico custa atualmente cerca de R$ 5,00. O Sr acha mesmo que o custo de manutenção da BND por animal supera este valor? Dúvido que chegue a R$ 1,00, mesmo considerando que o governo não é dos mais eficientes no controle de gastos. E garanto que existem bem mais de 1.00.000 de animais ativos na BND. São numeros fáceis de serem obtidos. Espero portanto que tenha conseguido deixar claro que falo sempre de custos por animal atendido pelo programa.

    Além disto a distribuição gratuita pelo governo brasileiro de brincos eletrônicos para os produtores nos moldes implantados pelo Uruguai, que certamente contaria integralmente com meu apoio, não eliminaria absolutamente a necessidade de uma base nacional de dados. Alias como existe de fato no Uruguai. Ou seja, não é um custo em lugar de outro, como coloca. A adoção de brinco eletrônico não dispensa o banco de dados.

    E como ruralista, administrador de empresas e analista de sistemas sei sim que temos excelentes ferramentas gerencias à disposição dos produtores. Eu mesmo sou usuário de algumas delas e estou muito satisfeito. E de fato estas ferramentas são mais poderosas sob alguns aspectos que a BND. Na verdade diria que o foco delas é diferente do foco da BND: um é gerencial o outro é de defesa agropecuária / segurança alimentar.

    Só que ao meu ver estas ferramentas / softwares privados precisam possuir capacidade de conversar com a BND, que por ser uma base oficial, controlada pelo governo, goza de outra credibilidade perante terçeiros. E baseado nisto escolhi minhas ferramentas / softwares. Pois é da credibilidade governamental que sai atualmente o que o mercado trata por diferencial de preço pelo boi europa. Simplesmente a UE exige o aval do governo brasileiro no processo e ainda não paga por protocolos privados complementares. Quanto os mercados que remuneram melhor mudarem de posição esteja certo que reavaliarei a minha.

    Att,

  23. José Ricardo Skowronek Rezende disse:

    Prezado Mario Ribeiro Paes Leme,

    De fato existem muitos pormenores a serem considerados e por isto não é fácil modificar o sistema atual. Especialmente pq o cliente precisa concordar com as alterações.

    Mas com bom senso e perseverança acredito que consigamos avançar na direção do auto-lançamento na BND com um processo de validação de terçeira parte. Creio que simplesmente não avançamos mais nos últimos tempos por termos abandonado as reformas do atual sistema em prol da criação de um sistema completamente novo.

    Mas sinceramente não acho que seja possível simplificar tanto o processo qto alguns defendem e ainda extrair benefícios econômicos para os produtores.

    E não creio que a UE vá fornecer previamente a lista das propriedades e frigoríficos que irão ser auditados. Só informarão em cima da hora. A lógica que esta por trás é que todas as propriedades da lista Traces devem estar em ordem. Sei que é um procedimento angustiante, especialmente para os órgãos de defesa, mas não vejo como evita-lo.

    Att,