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Missão australiana avaliará sanidade

O ministro da Agricultura da Austrália, Warren Truss, disse ontem que a compra de 500 kg de carne brasileira realizada no final de 2004 não é uma ameaça ao status de área livre da doença da indústria australiana.

“A carne importada, com certificação, era proveniente de áreas livres da febre aftosa. E, por isso, o embarque não causou riscos ao status de área livre da doença concedido ao rebanho australiano”, disse Truss.

O ministro também anunciou uma revisão do programa de importação. Por isso, representantes do governo australiano irão visitar o Brasil entre março e início de maio para avaliar a efetividade das medidas de segurança contra a febre aftosa no país.

A Austrália está entre os maiores exportadores mundiais de carne, particularmente para os EUA e Japão, e sua indústria precisa manter o status de área livre. O Conselho de Gado da Austrália, um grupo de criadores, representantes do governo e do partido de oposição questionaram sobre a compra da carne brasileira.

Gavan O’Connor, do partido trabalhista, disse que o produto foi importado do Brasil sem o conhecimento do escritório de veterinária australiano e sem uma prévia avaliação de risco. O ministro da Agricultura, rebateu a crítica. Segundo Truss, a compra foi aprovada pelo Serviço de Inspeção e Quarentena da Austrália. Por isso, uma vez aprovada pelo serviço não é necessário notificar o escritório veterinário ou agência de biossegurança da Austrália, explicou.

A preocupação quanto à doença surgiu quando, o Brasil anunciou um caso suspeito de febre aftosa em dezembro, no MS. No dia 7 de janeiro, disse o ministro, o governo brasileiro comunicou à Austrália que o produto exportado não era proveniente da região. Mesmo assim, a Austrália suspendeu as importações de carne in natura brasileira. Segundo ele, a carne brasileira foi rastreada e destruída.

Fonte: Estadão/Agronegócios (por Fabíola Gomes), adaptado por Equipe BeefPoint

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