O comissário de Saúde e Defesa do Consumidor, John Dalli, a União Europeia (UE) se comprometeu a estudar com cautela o pedido para ampliar a exportação de carnes para o bloco e flexibilizar as regras vigentes atualmente. Ao final da reunião as autoridades brasileiras e européias disseram que irão avaliar medidas que permitam a retomada da venda de carne brasileira para o mercado europeu, em níveis anteriores a 2008.
O governo brasileiro se compromete a trabalhar pelo cumprimento de normas das autoridades europeias para a retomada do comércio de carne. A afirmação foi feita pelo ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Wagner Rossi, em reunião com dirigentes da União Europeia do Comércio de Bovinos e da Carne (UECBV), na tarde desta segunda-feira (12). O ministro foi recebido pelo secretário-geral da UECBV, Jean-Luc Mériaux.
Rossi lembrou que a Europa é o principal parceiro comercial do Brasil. Em 2009, o continente foi responsável por 22,2% das exportações brasileiras. No ranking dos produtos agrícolas, a União Europeia respondeu por 46,1% das vendas no ano passado. “Queremos manter e ampliar os laços e pontes com nossos parceiros comerciais na Europa”, disse.
Mériaux considerou a visita do ministro da Agricultura uma oportunidade para traçar estratégias comuns para aprofundar as relações econômicas e comerciais entre Europa e Brasil. Desde 2003, o crescimento é expressivo do comércio, com as exportações e as importações triplicadas e registros de superávit na balança comercial brasileira. O crescimento anual médio foi de 19%. Mesmo assim, desde 2008, houve um decréscimo no comércio geral, com retração de 26,6%. No setor de carnes, o recuo nas vendas nacionais chegou a 85% entre 2008 e 2009.
O secretário-geral da UECBV disse que os importadores têm confiança nas autoridades brasileiras e que é preciso um esforço de todos para melhorar a relação. Mériaux acredita que a retomada da venda de carne bovina deve ocorrer em breve, mas não arriscou falar de prazos. Também afirmou que há mercado na Europa para a venda de carne suína brasileira. “Acreditamos que o acerto no cumprimento das normas colocadas pelas autoridades europeias resultarão na liberação das importações”, comentou.
Dirigentes e representantes da UECBV falaram das dificuldades da burocracia europeia e brasileira como um dos obstáculos para a retomada das vendas de carnes. Wagner Rossi se colocou à disposição dos empresários europeus para tentar desobstruir esses entraves. “Não admitimos isso. A burocracia não pode ser tolerada”, comentou.
Em outra reunião, com o comissário de Saúde e Defesa do Consumidor, John Dalli, a União Europeia (UE) se comprometeu a estudar o pedido para ampliar a exportação de carnes para o bloco.
Os dois trataram de avaliar medidas que permitam a retomada da venda de carne brasileira para o mercado europeu, em níveis anteriores a 2008. No ano passado, houve uma retração de 85% nas exportações de carne bovina brasileira.
Wagner Rossi também confirmou a entrega de relatório técnico em cumprimento às exigências europeias para permitir a importação de carne suína pela UE. Uma reunião de técnicos do Ministério da Agricultura e da Comissão de Saúde e Defesa do Consumidor da UE tratou do tema, após o encontro das autoridades.
“Foi uma reunião positiva e um passo importante para estreitarmos os contatos para beneficiar a agricultura brasileira”, disse o ministro Wagner Rossi.
“É boa (a presença do ministro) porque eleva o tom da negociação. Esperamos resultados mais rápidos a partir de agora”, disse o diretor executivo da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec), Otávio Cançado, que integra a comitiva.
Rossi ouviu de Dalli que a União Europeia está aberta a estudar, com cautela, a demanda brasileira sobre a rastreabilidade animal. O ministro pediu às autoridades européias permissão para o Brasil indicar as fazendas credenciadas a exportar carne para aquele mercado. Em contrapartida, Dalli sugeriu atenção especial às missões de inspeção. Rossi afirmou que as autoridades brasileiras estão dispostas a dar todo o apoio logístico e operacional para os fiscais europeus. Outro tema da reunião foi o mecanismo de consulta em temas sanitários e fitossanitários. O ministro ratificou a importância que o governo brasileiro dispensa a essa medida.
Na tarde desta segunda-feira, Rossi tem reuniões com representantes da União Europeia do Comércio de Bovinos e da Carne. Ele quer sugestões sobre a melhor estratégia a ser adotada para ampliar as exportações de carne bovina para o bloco. Representantes de entidades empresariais brasileiras e dirigentes de empresas privadas acompanham a reunião.
A avaliação do presidente da Abipecs, Pedro Camargo Neto, que integra a missão, é que foi dado um passo à frente. “Não devemos sair daqui com o mercado aberto, mas avançamos.”
As informações são do Mapa, Zero Hora e Correio do Povo/RS, resumidas e adaptadas pela Equipe BeefPoint.
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Achei interessante está parte da entrevista:
Dirigentes e representantes da UECBV falaram das dificuldades da burocracia europeia e brasileira como um dos obstáculos para a retomada das vendas de carnes. Wagner Rossi se colocou à disposição dos empresários europeus para tentar desobstruir esses entraves. “Não admitimos isso. A burocracia não pode ser tolerada”, comentou.
Será que o senhor Wagner Rossi ja ouviu falar do SISBOV!!!
Resumindo… mais um tour pago com nossos impostos.
Promessas de que vão melhorar os controles da Rastreabilidade, que vão dar todo apoio aos inspetores Europeus, mecanismos de consultas em temas sanitários e fitosanitários… e que o governo brasileiro dá muita importância ao tema…
Esperamos… acreditamos… a burocracia não pode ser tolerada… e por aí afora…
Promessas vagas (de ambos os lados) … e voltaram de mãos vazias…
Que tal explicitar de maneira clara os pontos do compromisso do governo brasileiro para o cumprimento de normas das autoridades europeias para a retomada do comércio de carne… O que seriam estas normas? é possível descreve-as? planos de como implementá-la? a quem caberá sua implementação?
Enquanto isso seria importante adequar a Defesa Sanitária Brasileira aos padrões internacionais de funcionamento e operacionalidade, visto que a mesma se encontra sem a mínima condição de funcionamento…
De novo fingiremos que faremos o que nos pediram, sabendo de antemão que não teremos condições de cumprir o que prometemos…
Triste sina a nossa, pela tal da governabilidade, ministérios importantes foram loteados entre os partidos da “base aliada”, com posições relevantes sendo ocupadas por políticos em vez de Técnicos.
É muito discurso e pouca ação… procedimentos típicos de políticos em ano eleitoral.
As eleições estão aí… em vez de anular o voto, que tal votar em candidatos desconhecidos? quem sabe eles se levantam do tal “berço esplêndido”, e trabalhem para a República, em vez de agirem como barões em busca de seus próprios interesses…
Se perdermos esta, só daqui a 4 anos…