A missão do Nafta, que veio avaliar o sistema de vigilância sanitária brasileiro, inicia hoje uma série de visitas a laboratórios, fazendas e frigoríficos. Segundo o ministro da Agricultura, Pratini de Moraes, a missão se dividirá em dois grupos de nove técnicos (quatro estrangeiros e cinco brasileiros em cada um), sendo que uma equipe se dirigirá ao Mato Grosso do Sul e a outra a São Paulo, em dois aviões da Força Aérea Brasileira (FAB).
O grupo que vai ao Mato Grosso do Sul visitará o laboratório de análises da Universidade Federal do Estado, em Campo Grande e conhecerá algumas fazendas. Acompanhará o grupo o consultor do Ministério, o epidemiologista Cláudio Barros, da Universidade Federal de Santa Maria (RS). “Eles escolherão a fazenda que irão visitar”, disse Pratini. Técnicos da Delegacia Federal da Agricultura no Estado disseram ontem, que é possível que a visita seja às fazendas Chaparral e Jóia da Índia. O rebanho de corte no Estado é de quase 23 milhões de cabeças.
O grupo que vai a São Paulo visitará o frigorífico Bertin, em Lins, uma fazenda e uma fábrica de ração nas proximidades da cidade, segundo o ministro. Com essas visitas, Pratini disse que o governo completa as informações prestadas à missão.
Ontem, de acordo com as informações do ministro, os técnicos do Nafta estiveram reunidos das 9h15min às 17h30min, na sede do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), onde foram informados sobre a política do governo para produção de carnes, saúde animal, controle de BSE, diagnósticos laboratoriais, inspeção e alimentação animal e identificação de alimentação animal. Segundo ele, os canadenses ficaram muito impressionados com relação ao sistema de vigilância brasileiro, especialmente com a rapidez com que o Brasil está implementando a informatização do controle do gado importado da Alemanha e da França, e de como atua nas situações de emergência. “Nenhum país do mundo tem isso, nem o próprio Canadá e Estados Unidos”, observou Pratini.
O secretário de Defesa Agropecuária, Luiz Carlos de Oliveira, que está coordenando as informações repassadas à equipe chefiada pelo veterinário-chefe da Agência de Inspeção Alimentar do Canadá, Brian Evans, afirmou que os técnicos estrangeiros estão satisfeitos com os dados que estão obtendo. “O que eles estão avaliando é o sistema de controle sanitário e não número exato de animais importados. E eles estão muito impressionados com nosso controle”, observou.
Fonte: Diário Popular (por Gecy Belmonte), adaptado por Equipe BeefPoint