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Missão dos EUA aprova controle sanitário brasileiro

Com o objetivo de verificar se o sistema de segurança alimentar do Brasil é equivalente ao norte-americano, uma missão do Serviço de Inspeção e Segurança Alimentar (FSIS, sigla em inglês) dos Estados Unidos permaneceu no País, no período de 31 de agosto a 22 de setembro. Os técnicos norte-americanos consideraram que os inspetores brasileiros estão habilitados a fazer as auditorias e que o sistema de inspeção é organizado.

Com o objetivo de verificar se o sistema de segurança alimentar do Brasil é equivalente ao norte-americano, uma missão do Serviço de Inspeção e Segurança Alimentar (FSIS, sigla em inglês) dos Estados Unidos permaneceu no País, no período de 31 de agosto a 22 de setembro. Os técnicos norte-americanos consideraram que os inspetores brasileiros estão habilitados a fazer as auditorias e que o sistema de inspeção é organizado. A informação foi repassada, nesta quarta-feira, na reunião final realizada no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), em Brasília.

Após a detecção, em maio deste ano, de um lote com resíduos de ivermectina acima do limite estabelecido pelos norte-americanos, que é de 10 partes por bilhão (ppb), governo e iniciativa privada elaboraram, em julho, um plano de ação. Entre as normas está a seleção, pelos frigoríficos, de fornecedores de carne bovina que respeitam o período de carência, desde a aplicação de um medicamento, até o abate dos animais.

“Depois desse passo, coletamos 230 amostras nos frigoríficos e avaliamos a presença de ivermectina. Em nenhum caso houve violação do limite permitido pelos norte-americanos. O resultado mostra que os procedimentos adotados estão funcionando”, enfatiza o diretor do Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal do Ministério da Agricultura, Nelmon Costa. Nesta semana, terá início a última etapa, em que serão analisadas mais 230 amostras. O Ministério da Agricultura ainda aguarda um posicionamento oficial do governo dos Estados Unidos sobre a retomada das exportações de carne termoprocessada para aquele país.

Durante as três semanas em que permaneceram no Brasil, os técnicos visitaram frigoríficos sob SIF, laboratórios e os Serviços de Inspeção de Produtos de Origem Animal localizados nas Superintendências Federais de Agricultura em Mato Grosso do Sul, Rio Grande do Sul e São Paulo.

Ao todo, foram auditados quatro estabelecimentos registrados no Serviço de Inspeção Federal (SIF), dos 22 habilitados a exportar carne bovina termoprocessada para os Estados Unidos. Além disso, a missão verificou o trabalho realizado pelos Laboratórios Nacionais Agropecuários (Lanagros) do Ministério da Agricultura em Campinas (SP) e Porto Alegre (RS). O Serviço de Inspeção e Segurança Alimentar dos EUA deve encaminhar o relatório final aos brasileiros no prazo de 60 dias.

“Falam em até 60 dias, mas geralmente vem antes”, comentou ontem Nelmon Costa, que esteve reunido com representantes da missão americana. “Estamos nessa expectativa positiva e tudo o que sabemos é que estamos no caminho certo, mas não queremos criar expectativa em relação a prazos”, desconversou. Segundo ele, os norte-americanos “viram que nosso plano de ação está sendo bem executado e ficaram satisfeitos”.

As informações são do Mapa, do jornal O Estado de S.Paulo e da Agência Brasil, resumidas e adaptadas pela Equipe BeefPoint.

0 Comments

  1. José Ricardo Skowronek Rezende disse:

    Vejamos quando serão retomadas as exportações.

  2. José Manuel de Mesquita disse:

    Pois é…

    Cada vez fica mais claro que “aprovar o sistema” não significa “propriedades aprovadas”… entre uma e outra existe um longo trabalho, que necessáriamente passa pela recuperação da Defesa Agropecuária, Educação básica aos trabalhadores, propriedades organizadas, e um bom controle do Manejo… a coisa vai longe…

    Notícias como essa confundem ainda mais o leitor, pois parece que está tudo bem, e na realidade só aprovaram as regras… o buraco da implantação e operacionalização, é muito mais embaixo…