Além das novas regras do Ministério da Agricultura para o controle de trânsito animal, anunciadas nesta semana, um dos reflexos imediatos da missão foi a suspensão de duas plantas exportadoras da lista de habilitadas.
As novas regras do Ministério da Agricultura para o controle de trânsito animal, anunciadas nesta semana, definem que os frigoríficos que abatem para a Europa terão que incorporar as regras do Sisbov em todas as operações, mesmo internas.
“Os frigoríficos não gostaram muito, mas foi a única maneira de os europeus aceitarem nosso sistema”, afirmou um dirigente do ministério.
Segundo reportagem de Mauro Zanatta e Alda do Amaral Rocha, do jornal Valor Econômico, um dos reflexos imediatos da missão foi a suspensão de duas plantas exportadoras da lista de habilitadas. O Marfrig, que teve sua planta de Paranatinga desabilitada. Em nota afirmou que “destinará a produção de Tangará da Serra para exportação à União Européia, abatendo somente animais da área I, enquanto a planta de Paranatinga operará com animais da área II para exportação aos demais destinos e para comercialização no mercado interno”.
O frigorífico Independência, que teve a planta de Anastácio (MS) desabilitada, considerou o fato usual e já tomou as providências para ter a situação normalizada.
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Lotes inteiros estao sendo desclassificados nos frigorificos por funcionarios federais quando um animal em um lote de, digamos, 396 animais, está irregular. Prejuízo: Apenas cerca de R$ 20.000,00. E de janeiro em diante a coisa vai ficar muito pior. É chegado o momento da confrontação, de alguém liderar a classe num boicote total às diretrizes deste Sisbov inviável, burocrático e tolo.
Faço minhas as palavras do Pedro Camargo Neto: “O Sisbov é uma maluquice, o brinco é ridículo”, mas a minha proposta é que o Deputado Ronaldo Caiado proponha a CPI do Sisbov. Vamos investigar direito os interesses que levaram a esta aberração, em que se deu à UE, gratuitamente, sem negociação, os instrumentos que agora ela vai utilizar para nos deixar de joelhos.
A primeira conseqüência estamos conhecendo agora: frigoríficos que quiserem exportar para a UE vão ter que abater apenas animais rastreados. Agora eu pergunto: e se houver no meio de algum lote um animal “irregular”? No mínimo este boi “impuro” vai para a graxaria. E o frigorífico? Vai ser interditado, por estar “impuro”?
Como diria Eça, é d´escachar.
Então caro Humberto, você tem toda razão.
Digo mais, se por ventura um animal que seja, der problema num abate o Mapa desabilita o lote todo e interdita a fazenda por 90 dias. Mas se eu tiver 10.000 animais confinados lá eu faço o que com eles? Acho que o Pratini de Morais deve nos responder isso não acha?
Se o SISBOV não tem como parar, tudo bem vamos rastrear os animais, mas desabilitar todo lote e agora a fazenda, em função de um erro que pode ser involuntário do peão, uma leitura errada do brinco, etc, isso é puro embargo econômico! Desabilite o animal com problema somente, os outros são comestíveis! O que a CNA diz disso? Cobrar anuidade eles sabem!
Por que o governo não nos oferece um sistema mais eficaz de rastreabilidade? Um chip a custo subsidiado com os devidos equipamentos de leitura por exemplo. Evitaria muitos transtornos, uma leitura errada de um brinco e 90 dias de suspensão.
Na verdade acredito que a rastreabilidade deveria ser a contra partida do governo aos produtores para que produzam animais tipo exportação, que sempre salvam nossa balança comercial. Mas nem isso.
Na verdade o governo não está nem aí pra isso tudo, eles não conseguem resolver nem os problemas de Brasília muito menos os do país.
Boicote não resolve, nunca resolveu, quem mais perderia seriam os produtores mesmo. Mas um movimento orgnizado de pressão em cima dos órgãos representantes dos produtores isso sim deveria ser feito.
Abraços.
Será que os europeus comem tanta carne assim? Um continente tão pequeno está nos dando tanto transtorno!
Será que realmente vale a pena para o produtor se preocupar com os empecilhos que os europeus colocam no produto cárneo brasileiro? Pois existem tantos países não europeus que podem comprar o nosso produto.
É claro que nem por isso, fatores como sanidade, rastreabilidade, qualidade, certificação entre outros poderiam ser deixados de lado por parte dos produtores e pelo próprio governo brasileiro.
Ao ver uma pecuária bem organizada ao invés de por empecilho nos nossos produtos cárneos eles iriam pedir por favor que nós cedecemos uma parte do nosso produto para eles. Como eles tem fama de bons pagadores seriam feitos belos negócios com menos dor de cabeça.
Caro colegas após ler todas estas observações e concordar com os senhores o que tenho a dizer é o seguinte:
Temos que ter um representante a altura para chegar e falar para os europeus ” Olha vocês querem carne com rastreabilidade nós conseguimos, agora chegar ao ponto de desclassificar um lote inteiro por causo de 1 animal isto já é palhaçada!”
Com referencia ao trabalho do MAPA, ele só esta cumprindo ordens superiores as quais são editadas atraves de normas oficiais que colocam colegas que estão em frigorificos em situações de intriga com produtores, pois é facil sentar em uma cadeira e editar normas e relatar “cumpra ou sera aberto um processo administrativo”!
Muitos frigorificos já estão disponibilizando serviço de atendimento ao produtor, para que ele”frigorifico” possa ajudar o produtor a não cometer tantos erros na hora que for enviar o gado para o frigorifico, isto sim é um belo exemplo de atendimento ao cliente pois os pecuaristas precisam do frigorifico quanto este precisa dos pecuarista !
Quando vejo municipios cederem terrenos para frigorificos onstruirem plantas e estes se comprometem a gerar empregos, tambem tem que se comprometerem a ajudar o pequeno, medio produtor.
o que os europeus ficam bravos é que tudo que eles pedem, o brasileiro dá conta de fazer, por isto meus amigos não desistam da rastreabilidade por mais que haja problemas pois diz o ditado “Ruim com ela, pior sem ela!”