Mesmo após várias tentativas de trazer a missão européia para os 14 municípios peri-pantaneiros, os técnicos que chegam ao Brasil em agosto não vão a esta região sul-matogrossense, segundo o secretário de Produção e Turismo, Dagoberto Nogueira. A notícia foi confirmada pelo superintente federal de Agricultura, José Antônio Felício.
“Há praticamente 20 dias chegou o roteiro para o ministério em Brasília. Não está incluído o Mato Grosso do Sul”, contou Felício.
Segundo informou o Mapa, a missão não vem com intenção de visitar novas áreas para habilitação e deve verificar o cumprimento de exigências, principalmente relacionadas à rastreabilidade, em Mato Grosso, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Espírito Santo e Minas Gerais.
Nogueira explicou que os técnicos estarão no Brasil com intenção de fiscalizar e não expandir as relações comerciais. Assim, as tentativas de liberação agora se darão por meio de documentação.
Ele destacou que o desafio é que a certificação não ocorra por zona, mas por propriedade, para atingir os mercados mais rigorosos.
Os 14 municípios da região peri-pantaneira são impedidos de exportar para a Europa desde o início da década de 90. O veto é sustentado pela afirmação de que a área seria de risco para a propagação de febre aftosa devido à presença de animais silvestres, mas informações técnicas comprovam que o argumento não é válido.
Ali está o produto de maior valor agregado de Mato Grosso do Sul, que é o boi natural, justamente o que busca o mercado mundial. Por não poderem exportar, os preços aos produtores daquela região são diferenciados e mensalmente eles perdem cerca de R$ 1 milhão devido a isso.
Fonte: Campo Grande News (por Fernanda Mathias), adaptado por Equipe BeefPoint