Fechamento 12:10 – 15/0/01
15 de outubro de 2001
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17 de outubro de 2001

Modernidade

“Exportar ou morrer” para o presidente Fernando Henrique Cardoso tem um sentido muito mais profundo do que simplesmente aproveitar as oportunidades dos graves problemas e exigências do mercado mundial globalizado que está chegando aos nossos pastos por dois caminhos.

Internamente o consumidor está cada vez mais exigente em qualidade e credibilidade com relação ao produto. Externamente o mercado apresenta uma oportunidade histórica, desencadeada pelas epidemias na Europa e também pelo esgotamento dos recursos naturais dos concorrentes internacionais que chegaram ao seu ponto máximo, necessitando três vezes mais investimento para o aumento da produtividade que o Brasil. Este mercado é muito mais exigente em qualidade e procedência que o mercado brasileiro.

O Brasil possui vantagens comparativas evidentes no setor pecuário em relação aos demais paises. Possuímos a maior área agricultável disponível do planeta. São cerca de 100 milhões de hectares que recebem mais de 3 mil horas de luz solar por ano, contemplados pela maior proporção de água doce disponível, abrigando um rebanho de cerca de 166 milhões de cabeças. É o maior rebanho comercial do mundo. Com estas características nos posicionamos com destaque no mundo.

Segundo Francisco Sergio Ferreira Jardim, delegado federal da agricultura no Estado de São Paulo, ”O Brasil deve investir em modernização e tecnologia para que transforme as vantagens comparativas em vantagens competitivas de mercado”.

A crescente concorrência nos mercados interno e externo exige do pecuarista profissionalização através da criação de um sistema de informações para quantificar e qualificar sua base de dados para uma correta tomada de decisões. A informação é a matéria prima para a tomada de decisão.
O pecuarista moderno deve prever as suas ações, baseando-se em dados concretos, determinando o perfil de sua fazenda numa sinergia entre clima, solo, planta e animal, abandonando conceitos da pecuária tradicional que levam a fazenda a um ciclo de degradação contínua.

O bom gestor pensa na produção sustentada, preocupando-se com a riqueza a ser deixada para as gerações futuras. Sabe-se hoje em dia, que é muito mais adequado adaptar a criação às condições do ambiente.

Um dos grandes diferenciais da empresa moderna para a empresa de gestão tradicional é a administração participativa. É comprovado o aumento do desempenho em propriedades em que os funcionários são ouvidos e treinados, em relação aos funcionários de atividade passiva.

O estabelecimento de gestão profissional não só melhora o desempenho da fazenda, mas também o desenvolvimento do setor como um todo. A qualidade da carne está intimamente ligada com a produção da porteira para dentro.

Precisamos ocupar melhor nosso próprio mercado e expandir nossa participação no mercado internacional.

Esta conquista pode ser alcançada com a implantação da gestão profissional, passando por programas de qualidade que certifiquem a qualidade da produção, cumprindo o principal requisito para a expansão no mercado internacional.

Assim nosso produto, a carne, deixa de ser uma commodity depreciada, obtendo credibilidade nos mercados mais exigentes do mundo.

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