Em seu anuário especial de 2015, os analistas da Coinvalores destacam os fatores macroeconômicos atuais como sendo favoráveis para as perspectivas de exportação do setor frigorífico, o que beneficia quatro empresas do setor no Brasil: BRF, JBS, Marfrig e Minerva.
Uma das notícias positivas para o setor é a reabertura do mercado chinês para carnes in natura bovinas brasileiras. “Fatores como o crescimento acelerado no consumo de carne bovina na China (em detrimento da carne suína, devido a grandes surtos de gripe suína no país) e o decadente rebanho australiano, que representa cerca de 52% das importações chinesas, devem, além de favorecer o volume total demandado pela China, expandir as cotas brasileiras e de outros fortes produtores da América do Sul, tendo em vista que a produção chinesa não supre a crescente demanda interna”.
A outra notícia positiva é em relação aos embargos russos para produtos agrícolas provenientes dos EUA e UE, o que favorece a exportação do Brasil, Paraguai e Uruguai. “Destacamos que apesar da forte desaceleração da economia russa, (impacto das sanções americanas e europeias), o país ainda representa um destino estratégico para a indústria de proteínas brasileira, e vem garantindo forte incremento nas exportações”.
A Coinvalores relata que esse bom cenário vem propiciando uma consolidação e solidificação das grandes companhias em vários mercados, como a JBS na Austrália e EUA com bovinos e frangos e alimentos processados na América Latina ou a BRF no Oriente Médio.
O principal risco do setor é o surgimento de novos surtos de deficiências sanitárias, como a “vaca louca”, que poderia comprometer o processo de liberação do mercado brasileiro a mercados internacionais ou ainda congelar mercados que se encontram abertos atualmente.
Fonte: Infomoney, resumida e adaptada pela Equipe BeefPoint.