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1 de setembro de 2010

MS: Acrissul critica controle da lotação de pastagens

O presidente da Acrissul (Associação dos Criadores de Mato Grosso do Sul), Francisco Maia, dirigiu à secretária da Seprotur, Tereza Cristina Corrêa da Costa Dias, o descontentamento do setor pecuário com a norma que limitou a 1,5 animal por hectare na região do Planalto, e a 3 animais por hectare, na região do Pantanal. A medida deverá entrar em vigor no dia 1º de setembro. A associação quer a revogação da norma.

O presidente da Acrissul (Associação dos Criadores de Mato Grosso do Sul), Francisco Maia, dirigiu à secretária da Seprotur, Tereza Cristina Corrêa da Costa Dias, o descontentamento do setor pecuário com a norma que limitou a 1,5 animal por hectare na região do Planalto, e a 3 animais por hectare, na região do Pantanal. A medida deverá entrar em vigor no dia 1º de setembro. A associação quer a revogação da norma.

A norma obedeceria à Lei Estadual 3.823/2009, que considera a necessidade de informação ao serviço oficial de defesa sanitária (Iagro-MS), sobre a concentração de animais por área de pastagens das propriedades rurais do Estado. O descumprimento gera advertências, multas e outras penalidades. Para Maia, a medida é altamente contra-producente. “É um atentado à moderna pecuária que o Mato Grosso do Sul exercita”, realçou.

Para o presidente da Acrissul, a limitação de uso das pastagens em animal por hectare é algo que vai contra todo o progresso que a pecuária sofreu no Estado. “Tem produtor que investiu, que renovou pastagens, substituiu a gramínea, adubou, fez correção, calagem, curva de nível, terraceamento, tudo para melhorar o nível de produtividade, já que em Mato Grosso do Sul a taxa de lotação média não chega a um animal por hectare”, destaca. Mas quem investiu consegue por 3, 10, até 20 animais por hectare, quando consideramos o caso de agropecuaristas que praticam integração lavoura-pecuária.

Segundo Maia, o Estado só tem a perder se insistir em manter esses índices de lotação. “Matematicamente não haveria espaço suficiente para manter o rebanho atual do tamanho que está”, compara. Para ele, o produtor já faz o dever de casa, aplicando técnicas e tecnologias para conservar o meio ambiente e proporcionar o bem-estar animal.

As informações são da Acrissul e da Iagro, resumidas e adaptadas pela Equipe BeefPoint.

0 Comments

  1. Luciano Andrade Gouveia Vilela disse:

    Primeiro o Governo Federal quer aumentar indices de produjtividade e lotação, o que já é ridiculo, por quje a produjtividade é necessária em termos de efeiciencia economica e ninguém precisa de indices mínimos e sim de custo compatível com a receita bruta. Agora quer limitar também o máximo. É pra rir ou chorar. Então prefiro convidar todos a rir de uma piada no mesmo sentido.
    Uma vez chegou um fiscal do gorverno no sitio e perguntou o que os porcos comiam e o dono falou que era lavagem casca de mandioca e outras sobras. Foi multado por que onde já se viu tratar os animais com tamanha desumanidade e eles deveriam receber ração balanceada com certificado de garantia e higiene. Passado algum tempo voltou outro fiscal e perguntou o que os porcos consumiam, o que com orgulho foi respondido ração a base de milho e farelo de soja não transgênica com receituário de zootecnista e tudo mais. Foi multado por que onde já se viu numa caristia destas porco comer ingredientes tão nobres, enquanto muita genta passa abaixo da linha da pobreza. Porco é porco e tem que comer é lavagem. Cabisbaixo o dono pagou a multa quase sem saber o que fazer.
    Passados alguns meses volta outro fiscal o que já deixa o dono quase nervoso mesmo sem falar uma palavra, até que vem novamete a pergunta”o que os porcos comem”; no que já nervoso o criador responde. “Não aguentando mais pagar multa, agora dou R$ 5,00 pra cada um por dia e eles comem o que e a onde quiserem e puderem, e o senhor cai logo fora daqui, que eu não tenho mais nada com isso”

  2. Paulo Westin Lemos disse:

    Deve haver algum mal entendido nesta noticia, mesmo vendo cópia da portaria.
    Recuso-me a acreditar que a Secretária Tereza Cristina tenha assinado esta portaria. Sempre fui, assim como toda a classe produtora sul matogrossensse, admirador do grande e incansável trabalho que a secretária fez e faz a favor da agropecuária e sempre mereceu nosso maior respeito.
    Se a intenção é prevenir problemas ambientais e de bem estar animal (prevenir é sempre melhor que remediar, claro), por outro lado, adotou-se uma medida desastrosa, realmente infeliz porque uma coisa não tem necessáriamente relação com outra. Vamos a um pequeno exemplo: uma propriedade com 0,5 animal / hectare, passando fome e pastagem degradada está dentro do índice estabelecido e portanto não seria incomodada. Outro produtor que investiu em recuperação de pastagens, suplementação ou confinamento, consegue uma lotação de 3 animais/ha ou seja, animais bem alimentados, bom controle sanitário, pastagem produtiva, sem erosões e portanto alto sequestro de carbono, estaria ilegal perante a portaria apesar do bem estar animal e preservação ambiental serem muito maiores.
    Seria mais ou menos como limitar a velocidade no trânsito a 30 Km/h na cidade e 60 na estrada visando maior segurança e menos emissões mas seria razoável?

  3. Rogério Luiz Beladelli disse:

    Como sabemos, a viabilidade econômica da Bovinocultura de Corte vem caindo ao longo dos anos. Para se manter na atividade, o Pecuarista teve que se tornar mais eficiente, precisou adotar técnicas de manejo reprodutivo, nutricional, genético, dentre outros tecnologias, além de melhorar a sua gestão. Com isso, houve uma maior produtividade (kg de carne/ha), reduzindo assim seu custo fixo por arroba de carne produzida, conseguindo manter-se no negócio.
    Esta Portaria mostra o verdadeiro despreparo das pessoas que ocupam determinados cargos.
    É inadmissível aceitarmos esta imposição!

  4. Rogério Luiz Beladelli disse:

    Como sabemos, a viabilidade econômica da Bovinocultura de Corte vem caindo ao longo dos anos. Para se manter na atividade, o Pecuarista teve que se tornar mais eficiente, precisou adotar técnicas de manejo reprodutivo, nutricional, genético, dentre outros tecnologias, além de melhorar a sua gestão. Com isso, houve uma maior produtividade (kg de carne/ha), reduzindo assim seu custo fixo por arroba de carne produzida, conseguindo manter-se no negócio.
    Esta Portaria mostra o verdadeiro despreparo das pessoas que ocupam determinados cargos.
    É inadmissível aceitarmos esta imposição!