O presidente da Acrissul, Francisco Maia, vai à Assembléia Legislativa pedir a criação de um selo para o gado do Pantanal. A intenção é dar condições para que os pecuaristas, que têm produção sustentável, mas convivem com adversidades, possam ser competitivos no mercado doméstico e internacional.
O presidente da Acrissul (Associação dos Criadores de Mato Grosso do Sul), Francisco Maia, vai à Assembléia Legislativa pedir a criação de um selo para o gado do Pantanal.
A intenção é dar condições para que os pecuaristas, que têm produção sustentável, mas convivem com adversidades, possam ser competitivos no mercado doméstico e internacional.
Maia afirma que há anos a questão já é tratada na esfera produtiva e científica e que chegou o momento de fazer parte também da agenda política. Ele lembra que vários estudos comprovam a sustentabilidade da produção pecuária pantaneira e que, através dos parlamentares, é possível criar um programa com normas para inclusão e certificação da produção do Pantanal, por meio de um selo.
“Assim poderíamos ter um diferencial na remuneração tirando o pecuarista do Pantanal do sufoco econômico em que está”, explica Maia.
O presidente da Associação Brasileira de Pecuária Orgânica, Leonardo Leite de Barros, pediu mais incentivos ao Governo do Estado. “Viemos pedir o apoio para a pecuária sustentável porque fazemos trabalho moderno preservando o Meio Ambiente. Abatemos animais no JBS Friboi há quatro anos e já temos o selo de qualidade o que queremos é incentivo no ICMS para a carne pantaneira”, disse.
Maia entregou aos parlamentares um documento científico que atesta a sustentabilidade da pecuária pantaneira. O estudo é assinado pela WWF Brasil, SOS Mata Atlântica, Conservação Internacional, Avina e Ecoa, que contrataram a empresa Arc Plan responsável pelo mapeamento da produção.
Ele ressaltou que a casa sempre legislou em favor do Meio Ambiente e que o setor pecuário atravessa momento de muita dificuldade. Ao mesmo tempo estudos há anos comprovam que a pecuária é sustentável no Pantanal. “O bioma está preservado mesmo com os pecuaristas trabalhando na região há 250 anos”, argumentou.
A intenção da gestão junto à Assembléia é garantir a inclusão dos produtos orgânicos na agenda política do Estado. O presidente da Acrissul conta que esteve recentemente nos Estados Unidos onde observou nas redes de supermercado o destaque aos produtos certificados como orgânico. “A carne de Mato Grosso do Sul tem tudo para entrar nesse mercado de elite”, destacou.
O deputado Márcio Fernandes (PSDB), da Comissão de Agricultura e Pecuária da Assembléia, se comprometeu a levar a discussão para os outros membros para avaliar se cabe um projeto de lei ou apenas articulação política em prol dos pecuaristas do Pantanal. Neste caso os parlamentares trabalhariam como interlocutores junto à bancada federal e Ministério da Agricultura.
As informações são do Campo Grande News, resumidas e adaptadas pela Equipe BeefPoint.