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MS comemora crescimento do número de propriedades habilitadas na Lista Traces

A conscientização dos produtores de Mato Grosso do Sul sobre a importância de fazer parte da Lista Traces - que certifica para exportação à União Européia - e a adequação às exigências internacionais têm sido fundamentais para a elevação de 336% no número de propriedades habilitadas para o fornecimento de carne bovina para a região, em relação ao mesmo período do ano passado. A avaliação é do agente Fiscal Federal Agropecuário do Serviço da Saúde Animal da Superintendência Federal da Agricultura (SFA/MS), Orasil R. Bandini.

A conscientização dos produtores de Mato Grosso do Sul sobre a importância de fazer parte da Lista Traces – que certifica para exportação à União Européia – e a adequação às exigências internacionais têm sido fundamentais para a elevação de 336% no número de propriedades habilitadas para o fornecimento de carne bovina para a região, em relação ao mesmo período do ano passado. A avaliação é do agente Fiscal Federal Agropecuário do Serviço da Saúde Animal da Superintendência Federal da Agricultura (SFA/MS), Orasil R. Bandini.

Responsável pelo Sistema Brasileiro de Identificação e Certificação de Origem Bovina e Bubalina (Sisbov) no Estado, Bandini enfatiza que atualmente 95% das propriedades vistoriadas são aprovadas, sendo que no ano passado a média não passava de 50%. “A papelada está sempre em dia. As inconformidades são pontuais”, ressaltou o agente. As auditorias realizadas com produtores já integrados ao Sisbov estão sendo mais frequentes, sendo realizadas em média 20 a cada mês. Em setembro, estão agendadas 27 vistorias.

O Estado possui atualmente 279 propriedades incluídas na Lista Traces, sendo que outras 15 já foram aprovadas e aguardam inclusão. O rebanho certificado pelas regras do mercado europeu também cresceu em relação a agosto do ano passado, chegando a cerca de 650 mil cabeças, o que significa um aumento de 600% em relação ao ano passado.

A prioridade para as vistorias visa acelerar o processo de inclusão do Estado no mapa de exportação para o mercado europeu. “Em função dos focos de aftosa em 2005, Mato Grosso do Sul ficou atrasado, pois passou a realizar auditorias somente em 2008, quando foi reabilitado para exportação”, observa o agente. Apesar de ser o segundo rebanho nacional, MS é o quarto no ranking do número de propriedades aptas a exportar, ficando atrás de Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso, nessa ordem.

Segundo Bandini, a maior dificuldade dos produtores começa ainda antes das vistorias, ou seja, na adesão ao Sisbov. Observar as regras de rastreamento implica em custos tais como a colocação dos brincos de identificação e a manutenção da certificadora, sendo que esse investimento não traz valor agregado ao produtor pela carne certificada. “A não ser que haja escassez de carne, os frigoríficos não repassam ao produtor valores diferenciados pela carne certificada”, diz Bandini.

A inclusão de mais propriedades na Lista Traces significa destacar a pecuária do Estado ainda mais no cenário internacional. “O produtor sul-mato-grossense demonstra que está preparado para atender às exigências do mercado externo. O grande desafio é a remuneração pela rastreabilidade que não chega ao pecuarista”, ressalta o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de MS (Famasul), Eduardo Riedel. O agente fiscal da SFA confirma a superioridade da carne produzida no Estado. “MS é uma vitrine do Brasil. Tem a melhor qualidade de carne do País a um custo baixo. Ter mais propriedades na lista lhe confere status de organização”, ressalta.

As informações são da Famasul, resumidas e adaptadas pela Equipe BeefPoint.

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  1. JOÃO ABADIO PEREIRA disse:

    Parabenizo o Dr. Orasil R. Bandini, e sua equipe pelo brilhante trabalho realizado no Estado de Mato Grosso do Sul, quero aqui enfatizar a importância do Sisbov, na alavancagem das exportações e ao mesmo tempo resaltar que o Sisbov alem de registrar todos os procedimentos relacionados ao rebanho do produtor, é tambem uma ferramenta de gestão das propriedades extremamente importante para o produtor, para isto basta ter uma assessoria completa para auxilia-lo na implementação dos procedimentos de campo, mais uma vez, parabéns a todos que fazem pARte desta cadeia produtiva de bovinos e bubalinos do MS

  2. José Ricardo Skowronek Rezende disse:

    Parabéns aos produtores do MS que estão conseguindo cumprir com as exigências do SISBOV e aos órgãos de fiscalização. O aumento significativo do percentual de sucesso das propriedades no cumprimento da norma constatado nas auditorias é sinal de melhor entendimento das regras pelos agentes envolvidos.

    Att,

  3. Marco Antônio Guimarães Marcondes disse:

    Aqui no MS, produtores da Lista Traces estão se reunindo para definir estratégias de ações, buscando a melhoria nos resultados comerciais numa forma conjunta e na operacionalização de sistemáticas junto aos orgãos estaduais e federais. Esta é uma realidade que os produtores da Lista Traces em outros estados deveriam adotar para criar ações em conjunto na defesa de seus interesses.

  4. Fábio Henrique Ferreira disse:

    O FATO é que o volume que tanto se fala em recuperar e fornecer (fala esta de tantas pessoas e entidades) não será alcançado pois o mercado comprardor não tem este interresse.

    Vejo isto como um desvio de foco dos objetivos que na verdade estão atrás dos bastidores dessa tal simplificação. Todos queremos desburocratização, mas a que custo? O que poderá ocorrer de prejuízo com uma desburocratização? De acordo com o próprio texto acima “as indústrias de processamento de carne bovina não remuneram os pecuaristas pelos gastos em rastreabilidade”, imaginem então um sistema simplificado onde existirá mais oferta que a ATUAL o que ocorrerá então não será como o afirmado “que não em 100% verdade” a não remuneração, OCORRERÁ COMO NO PASSADO O DESÁGIO DO BOI, onde a industria só vai comprar se for rastreado e ai teremos que rastrear para vender pelo mesmo preço e ainda prejudicaremos quem não rastrear que de fato vai perder.

    Digo que a afirmação não é 100% verídica porque ontem mesmo um produtor postou aqui no beefpoint

    https://beefpoint.com.br/mapa-espera-implantar-novas-mudancas-no-sisbov-em-2011_noticia_65747_15_155_.aspx

    se me permiti o senhor José Ricardo Skowronek Rezende – São Paulo – São Paulo – Produção de gado de corte -Grupo Rezende – Diretor, o mesmo afirma que abateu a alguns dias com diferencial de R$4,00 a mais por @.

    Falo por mim que abati a R$3,00, e a verdade escrevi aqui no beefpoint a alguns dias atrás, e ISTO ESTE PESSOAL NÃO CORRE ATRÁS.

    https://beefpoint.com.br/uruguai-falta-identificar-cerca-de-25-milhoes-de-bovinos-adultos_noticia_65392_15_155_.aspx

    Vamos ser bem lógicos, se a EUROPA tivesse interresse em muitas fazendas e sistema simples, não demorava tanto para publicar as fazendas aprovadas (tem época que a europa demorar meses para liberar fazendas) e também tinha aceito o pedido do brasil de flexibilização, este não autorizado e publicado neste mesmo beefpoint.

    Vejo que isto tudo leva o BRASIL ao descredito perante este mercado, conforme informação também deste mesmo beefpoint, que em visita ao BRASIL o sistema atual foi bastante elogiado, após isto foram lá e não tiveram o pedido de flexibilização aceito e ainda continuam com tudo isto, PORQUE??? Querem perder o mercado??? Ou qual é a inteção.

    O CERTO E MAIS RACIONAL SERIA, se o atual sistema foi elogiado como nunca pelo mercado que BANCA tudo isto “EUROPA”, o certo seria tirar tanta burocracia que nada mais é que PÊLO em OVO que o próprio pessoal do ministério da agricultura fica procurando durante auditoria, e sim ajustar os detalhes do que ai está que gradativamente está lista aumentaria sem que estejamos sujeitos a PERCA DE TUDO que foi construido nestes últimos anos.

    Agora que o mercado comprador aceitou fica com essa história de mundança, PRA QUE??? POR QUE??? PRA QUEM???

  5. Fábio Henrique Ferreira disse:

    DesBURROcratização para beneficiar FRIGORÍFICO e prejudicar PRODUTOR. É melhor o frigorífico ter um excesso de oferta e não pagar nada do que ter oferta reduzida e ter que pagar.
    O Cenário atual não é igual ao de 2008, o mercado é DINÂMICO, fica claro no texto que nossos “representantes” estão preocupados só com o valor numérico das exportações e não com o valor numérico agregado ao produtor, vantagens. Se querem volume, o mercado deve demandar, depois o frigorifico deve remunerar e consequentemente terão a oferta adequada e o número da exportação adequada.
    Os passos acima serão ideais para todos os elos, mas os “representantes” não estão preocupados com os produtores e sim com SEUS números que devem prestar contas e com os FRIGORÍFICOS que a cada dia se AGIGANTAM.

    Desburocratização a que custo??? Quem vai ganhar com a desburocratização???

    Não estão desburocratizando, estão criando um NOVO que TRARÁ PREJUIZO a TODOS e efetivamente TODOS os produtores. O POR QUE é muito simples, se o programa for de tamanha simplicidade e visa atender inclusive MERCADO INTERNO, deixemos de lado a segurança, PODEREMOS ter (produtores já estão cançados e o sistema em descrédito por tantas mudanças) um EXCESSO de animais rastreados e a CONSEQUENCIA será o DESÁGIO no valor do boi “O NÃO PAGAMENTO DE PREMIO”. Voltaremos aquela época onde o frigorifico só comprava se fosse rastreado. Ou seja, o produtor tinha que rastrear para vender pelo mesmo preço e o que não rastreava perdia, fácil raciocinio TODOS PRODUTORES perdem, SÓ OS FRIGORÍCOS GANHAM, foi a época em que mais ganharam dinheiro.

    Vamos concluir então se a DESBUROCRATIZAÇÃO (palavra bonita não é, mas a que CUSTO) será vantajosa para quais elos da cadeia.

    O BOI EUROPA em 2009 e 2010 seguiu o seguinte raciocínio:
    Primeiro semestre – preços a mais por @ de R$5,00 a R$7,00 reais.
    Segundo semestre – preços a mais por @ de R$2,00 a R$3,00 reais. OBSERVAÇÕES PERTINENTES E IMPORTANTES, no ano de 2010 esta diferença para baixo veio mais cedo, sendo o motivo saida de animais confinados e rastreados. Alguns produtores neste período com boi europa não tiveram diferencial, O MOTIVO É O SEGUINTE: Naquele dia que o frigorifico te disse que não estava pagando nada a mais pelo BOI EUROPA, com CERTEZA estava, com certeza tinha BOI EUROPA morrendo NAQUELE DIA com diferencial, o DETALHE é que os animais DAQUELE DIA foram negociados a alguns meses atrás, tendo preços da @ e do diferencial do BOI EUROPA travados. OU SEJA, o frigorifico já tinha o BOI DELE EM SEU PROPRIO CONFINAMENTO ou já HAVIA negociado um grande volume de um ou mais grandes produtores e assim conseguiu fechar a escala de alguns dias, semanas, meses para o produto “BOI EUROPA”.

    Amigo produtor este assunto eles não discutem e nem se preocupam em fazer como nos EUA, onde os frigorificos não podem ter animais para REGULAR MERCADO.

  6. Fábio Henrique Ferreira disse:

    Aparecem com desburocratização (dá ibope né) mas não aparecem com nada com relação a cada ano que se passa os frigoríficos baixarem o diferencial do boi europa. não queremos desburocratização, inclusive fomos reauditados, estamos a quase dois anos na lista e já nos acostumamos.

    queremos diferencial a mais na @ que já nos pagaram até r$20,00 a mais na @ em 2008, eles podem nos pagar.

    outro detalhe, se desburocratizar e muitos produtores entrar, e o preço do inicio do ano e do final do ano sumir, quero ver se “representantes” dos produtores que estão propondo isto vão aparecer para dar explicação a seguinte pergunta:
    ganhamos até 20,00 a mais na @ em 2008, em 2010 ganhamos de 2,00 a 7,00 a mais na @ e com esta desburocratização tivemos o diferencial de fato sumiu, voces fizeram isto para beneficiar quem??? quem vai pagar os investimentos????quem vai pagar meu investimento???
    no final das contas haverá novo des-estimulo dos produtores já cançados de tantas mudanças e tantas políticas que os prejudicam, que quando estao ganhando alguma coisa, seus representantes tiram através de desburrocratização.

    ——————————————————————————–

  7. Veridiana Ribeiro Jardim disse:

            Tantas exigencias e burocracia, que nós produtores rurais precisamos nos submeter para fazer parte do Lista Traces para que possamos dessa maneira nos "adequar" as exigencias do SISBOV e  da União Européia, tão implacavel. Que no final de inumeros gastos com adequacão da propriedade, treinamento de mão de obra, rastreabilidade, certificação e muitos outros gastos a mais… Sem falar dos brincos que a todo momento precisam ser repostos pois vivem caindo. Que nosso produto final " O Boi Gordo "  não recebem nada, não pagam nem um tostão a mais para nossos animais "Credenciados pelo Vista Traces". Ai me pergunto???Qual a logica de tudo isso, fazer o produtor gastar ainda mais??? Pois somos " importantes credenciados " para exportar carne….

  8. Marco Antônio Guimarães Marcondes disse:

    Veridiana, esta é a reallidade de um programa que tende a sucumbir por falta de planejamento na sua criação, mudança de governo, mudam-se os atores. Há dois anos recebemos a notícia de mudanças para a melhoria da sistemática, acredito que muitos aspectos foram discutidos, muitas reuniões ocorreram, mas colocar em prática a resolução demanda tempo e muito tempo. A tal PGA, e-GTA, quando lançarem, o Sisbov já estará morto e o produtor da lista Trace, estará desacreditado de qualquer novidade. O mercado exportador para a UE, vem em contra corrente, desfavorável, real valorizado, mercado interno aquecido, aumento das exportacoes para países que não exigem rastreabilidade, arroba cara para o frigorifico, concentração das industrias frigorificas, paises europeus em crise financeira. Aguardar este tempo, para que mude o cenário é o que o produtor precisa avaliar. Hoje procuro manter a rastreabilidade interna funcionando, sem os custos da certificação, trabalho com identificação eletronica e software para facilitar os registros. Num segundo momento, quando for oportuno, retornaremos com a certificação. Sei que dependendo do tamanho do rebanho, trocar a identificação e recadastrar os animais é trabalhoso e custoso. Para quem já está habilitado a exportação para a UE, precisa negociar valores para diminuir o custo da certificação, pois certificar 100% do rebanho e não ser remunerado ou mal remunerado apenas pelo desfrute fica bastante oneroso. As certificadoras em contrapartida estão realizando fusões, parcerias, aumentando o escopo para sobreviver nestas incertezas. Infelizmente, neste momento, muito trabalho para pouco resultado.