No início de 2011 uma cooperativa de pecuaristas de Campo Grande (MS) começará a vender carne bovina diretamente ao varejo. A ideia é agregar valor à produção, industrializando a matéria-prima e reduzindo a dependência da empresa frigorífica, o que aumentará as margens do produtor.
No início de 2011 uma cooperativa de pecuaristas de Campo Grande (MS) começará a vender carne bovina diretamente ao varejo. A ideia é agregar valor à produção, industrializando a matéria-prima e reduzindo a dependência da empresa frigorífica, o que aumentará as margens do produtor.
Segundo o coordenador da Comissão de Pecuária de Corte da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul (Famato) e presidente do Sindicato Rural de Campo Grande (MS), José Lemos Monteiro, a cooperativa bovina de Campo Grande terá inicialmente a participação de 20 pecuaristas da região, que inclui cidades como Maracaju e Pantanal. O volume inicial previsto de venda será de 4 mil a 5 mil animais/ano, com um mínimo de 200 animais/ano por produtor e negócios regulares de cinco a seis vezes por ano.
O abate dos bois será realizado em um frigorífico prestador de serviço a ser eleito pela cooperativa e o custo dessa operação será absorvido pela própria cooperativa.
“Até o final do ano teremos toda a papelada pronta para começarmos a operar em 2011. Queremos funcionar como prestadores de serviço e queremos vender para o varejo – especialmente em casas de carnes próprias – assim como a JBS-Friboi está fazendo”, explicou Monteiro. “A iniciativa não é pioneira, mas todas as outras tentativas não deram certo. O objetivo é conseguir o incremento de preço para o produtor rural que o varejo tem conseguido”, completou.
De acordo com estudos preliminares do Sindicato Rural de Campo Grande (MS), o produtor vende seu produto normalmente abaixo do custo de produção, enquanto a indústria trabalha com margem bruta de 15% a 20% e o varejo, de 80% a 120%. “A lucratividade real da indústria e do varejo ainda é desconhecida, mas tenho certeza que a média dos pecuaristas brasileiros está operando sem margem de lucro”, ressaltou o executivo.
Monteiro também adiantou que a Câmara Setorial de Bovinos de Corte de Mato Grosso do Sul também está estudando a viabilidade da criação do Conseboi, que funcionaria igual ao Consecana – da cadeia produtiva da cana-de-açúcar – e do Conseleite, do leite. “Os conselhos são necessários para harmonizar as relações entre os produtores rurais e as indústrias. Mas para o setor de bovinos o grande desafio é o preço, já que as variações da arroba do boi são praticamente diárias”, declarou.
As informações são da Agência Estado, resumidas e adaptadas pela Equipe BeefPoint.
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Mais uma que vai quebrar…..ja vi milhares de vezes pecuaristas construindo frigorificos montando cooperativas etc tentarndo vender carne diretamente tentando exportar diretamente – acham que o ^pulo do gato^estã na area frigorifica – e adivinhe quantos destes quebraram ou rapidamente deixaram a atividade para nao quebrar? TODOS – quem é do setor ( e ate quem nao é deve ter tomado conhecimento..) conhece as inumeras cooperativas montadas etc etc – todas sem excecao foram para o vinagre…gostaria muito de estar enganado e que este projeto dos pecuaristas do MS desse certo…..mas a historia diz exatamente o oposto….
O pulo do Gato me parece estar no BNDES…
Esse é o seguimento que falta p a pecuária brasileira ser mais estável,já está provado desde antigamente que o processamento e a comercialização ñ pode ficar na mão de “picaretas”.A pecuária precisa se profissionalizar de vez e sem toda a cadeia da carne na mão isso ñ é possível.
Mesmo que outras iniciativas ñ deram certo,temos q continuar tentando,se ñ nunca sairemos desta situação de insegurança.
Parabéns sr. José Lemos Monteiro!………….
Acredito que para dar certo ao contrario de milhares outros projetos semelhantes, é fundamental que a frente de sua administração estejam pessoas que realmente tenham conhecimentos na area frigorifica (Industria) e principalmente na area comercial.
As margens estimadas para o varejo citadas na reportagem, estão superestimadas para o segmento. O que já demonstra falhas em seu planejamento e implantação.