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MS espera conclusão de abates no final deste mês

A agência de saúde animal de Mato Grosso do Sul tenta encerrar até o dia 30 o sacrifício, por causa da febre aftosa, de 29 mil cabeças de gado. Para chegar à marca, falta matar mais 3 mil. Até sexta-feira passada, 26 mil animais já haviam sido sacrificados.

Apesar da determinação de acelerar a matança, o Estado pode chegar a 2006 sem concluir os abates nas áreas atingidas pela doença. São três municípios, próximos à fronteira com o Paraguai, que possuíam juntos um rebanho de 212 mil cabeças, segundo dados de 2002 do governo estadual.

De acordo com o diretor-presidente da Iagro (Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal), João Cavallèro, a previsão no início de novembro era matar até 15 mil animais. Novos focos surgiram, e a Iagro resolveu abater também animais sadios, de propriedades próximas às áreas com gado doente. “Eu estou tentando ver se termino até o dia 30, mas acho que vai passar um pouquinho. Vai ser muito difícil, mas estou com essa expectativa”, afirmou.

Na avaliação do diretor da Iagro, por enquanto, não há perigo de a doença surgir além dos três municípios. “Hoje, não há risco. Amanhã, eu não sei”, afirmou.

“A missa está muito comprida e já deveria ter acabado há mais de um mês”, afirmou o presidente da Acrissul (Associação dos Criadores do MS), Laucídio Coelho Neto. “Essa demora é muito ruim. Primeiro porque vai aumentando a insegurança. Você sempre tem um risco, por mais que tenha barreira [sanitária]”, acrescentou.

Segundo ele, com 25 milhões de cabeças de gado, Mato Grosso do Sul fornecia quase 50% da carne destinada à exportação, incluindo os abates nos frigoríficos localizados no estado e o gado em pé enviado a São Paulo. “Enquanto não estivermos com os focos sob controle e provarmos, por meio de sorologia, que não existe mais atividade viral, Mato Grosso do Sul não pode nem iniciar as negociações para retomar a exportação”, afirmou.

Fonte: Folha de S.Paulo/AgroFolha (por Hudson Corrêa), adaptado por Equipe BeefPoint

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