Após o anúncio de suspensão das atividades do Independência em Campo Grande, a Famasul (Federação de Agricultura de Mato Grosso do Sul) fez um levantamento e constatou que outros três frigoríficos estudam suspender as operações e dar férias coletivas.
Após o anúncio de suspensão das atividades do Independência em Campo Grande, a Famasul (Federação de Agricultura de Mato Grosso do Sul) fez um levantamento e constatou que outros três frigoríficos estudam suspender as operações e dar férias coletivas.
São eles: o Independência de Anastácio, o Margem de Coxim e o Frigosul de Aparecida do Taboado. Agentes que atuam no estado informaram ao BeefPoint que praticamente todos os frigoríficos do estado trabalham com alta ociosidade.
A justificativa para as suspensões é a falta de gado para abate. O presidente da Acrissul (Associação dos Criadores de Mato Grosso do Sul), Laucídio Coelho Neto, confirmou que hoje há realmente dificuldades para que os frigoríficos comprem o boi gordo porque a oferta está reduzida, mas classifica a suspensão do abate como paliativo. “Eles não podem ficar fechados o tempo todo. E se não conseguem comprar boi gordo em junho, quando está começando a entressafra, como vão fazer daqui 60 ou 90 dias”, questionou.
Ele lembrou que nos últimos dois anos a oferta de fêmeas equivaleu a 50% do total de abates, quando a série histórica é de 35%. Isso fez com que a produção diminuísse.
Para o presidente da Famasul, Ademar Silva Júnior, o fechamento temporário é uma manobra para tentar reduzir o preço, mas não acredita que isso ocorra. “Nossa fábrica, que são as matrizes, foi vendida”, destacou.
Para Coelho Neto, o preço da arroba, na casa dos R$ 90,00, deve se manter firme. “Todos os frigoríficos têm capacidade ociosa. Se um fecha, melhora para outro”, considerou em reportagem de Fernanda Mathias, do Campo Grande News.
Correção:
O Frigosul, de Aparecida do Taboado, entrou em contato com o BeefPoint, esclarecendo que a informção divulgada pelo Campo Grande News não está correta. O frigorífico informou que continua operando normalmente e não pretende, de maneira alguma, paralisar os abates no curto prazo.
0 Comments
Com a falta de gado atual, aliado agora com o foco de estomatite em Goias, os frigorificos grandes que necessitam de grande escala para serem lucrativos, vão começar a sentir na pele e no bolso e terão que se adaptar a essa situação, pois me parece que os criadores e pecuaristas estão aprendendo a segurar o gado e controlar o gargalo da oferta, onde esta o segredo do negocio tambem.
Agora tudo tem limite, se não tem frigorifico, não tem como abater os animais ai o efeito é o inverso. Vamos apostar que logo teremos uma adaptação do mercado onde todos terão sua lucratividade mais adequada.
Mas pela necessidade de exportação aumentando, pela crise alimentar mundial, e o mercado interno , apesar dos altos preços, muito aquecida, realmente é um cenário de uma briga TYSON X MAGUILA, agora quem será o TYSON E MAGUILA?
Estou com o presidente da FAMASUL é estratégia para forçar a queda dos preços. Essa prática já foi utilizada.
Espero que os companheiros pecuaristas sejam firmes e segurem o boi. O momento é nosso! A oferta deve ser a conta gotas.
Já sofri muito na mão de um certo frigorifico em N. Andradina/MS agora vendo a situação nem digo favorável e sim justa a nós produtores fico muito satisfeito!
Abraço a todos!!