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MS: frigoríficos pequenos reclamam do acesso ao crédito

Os frigoríficos de menor porte de Mato Grosso do Sul, que já alegavam dificuldades para conseguir crédito, informam que com o fechamento das unidades do grupo Independência os bancos se retraíram ainda mais.

Os frigoríficos de menor porte de Mato Grosso do Sul, que já alegavam dificuldades para conseguir crédito, informam que com o fechamento das unidades do grupo Independência os bancos se retraíram ainda mais.

A informação é do presidente da Assocarne (Associação dos Frigoríficos de Mato Grosso do Sul), João Alberto Dias. A entidade congrega 21 indústrias cuja escala de abates vai de 40 a 1000 animais ao dia e que, segundo Dias, estão mantendo a negociação de gado no Estado.

Alberto afirma que todos os frigoríficos associados estão operando, ao passo que unidades de grandes grupos fecharam as portas e suspenderam abates. Hoje são 18 frigoríficos fechados em Mato Grosso do Sul. Em dificuldades, os pequenos operam com 60% a 70% da capacidade.

Alberto Dias afirma que o setor sempre teve dificuldades para acessar crédito ao passo em que grandes grupos conseguem obter recursos vultuosos e, segundo ele, dão destinação incorreta ao crédito.

Ele diz, ainda, que os pequenos frigoríficos, que são recolhedores de impostos, sofrem forte pressão fiscal, enquanto os exportadores, além de terem isenção nas operações externas recebem bônus.

O proprietário do frigorífico Vitória, em Nioaque, Nelson Oliveira, conta que ontem esteve em São Paulo, para agilizar operação de crédito já aprovada no banco e foi informado que não seria liberado o recurso.

Por outro lado, Nelson avalia que o fechamento de unidades do Independência, um dos maiores grupos do País, fez com que os produtores dessem mais crédito aos frigoríficos menores. “O pecuarista está acreditando mais na gente”, afirma.

A matéria é de Fernanda Mathias, publicada no Campo Grande News, resumida e adaptada pela Equipe BeefPoint.

0 Comments

  1. Carlos Alberto Ribeiro Campos Gradim disse:

    O mais importante, e encorajador, dado contido na matéria é a percepção pelo industrial de que os pecuaristas estão começando a mudar sua visão dos frigoríficos de menor porte!

    Esta é uma mudança fundamental, crítica.

    Porte e qualidade da gestão não necessariamente andam de mãos dadas, como bem demonstram os últimos acontecimentos no setor. O caminho é este: menos preconceito, mais diálogo e transparência, mais colaboração, mais integração em toda a cadeia.

    Abraços e bom fim de semana.