A Agência Estadual de Defesa Animal e Vegetal de Mato Grosso do Sul (Iagro), responsável pelo controle do surto de aftosa no perímetro de 25 quilômetros ao sul do estado, anunciou que não vai esperar mais a confirmação da suspeita de novos focos para abater os animais.
“A partir de agora, o gado que apresentar sintomas da aftosa será sacrificado imediatamente”, disse o presidente da agência, João Cavalléro, na primeira audiência pública para discutir a situação em Eldorado (MS).
Todo o material colhido nas fazendas ou sítios é enviado ao Laboratório Nacional Agropecuário (Lanagro) de Belém do Pará, responsável pela identificação e pelo isolamento do vírus. Segundo a Iagro, o prazo superior a dez dias para a confirmação de focos é muito longo.
O diretor do laboratório em Belém, Airton Nogueira, chegou a afirmar na semana passada que não toleraria pressões para agilizar o diagnóstico nos materiais recebidos de Mato Grosso do Sul.
Ao eliminar a necessidade de comprovação científica do foco, a Iagro pretende acelerar o sacrifício dos animais. O governo do estado sabe que o tempo é um grande adversário neste momento, dada a capacidade de proliferação da doença para fora da zona tampão. Se isso ocorrer, as autoridades sanitárias serão responsabilizadas pela ineficácia do controle.
Fonte: O Estado de S.Paulo (por Agnaldo Brito), adaptado por Equipe BeefPoint