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MS: indústrias sob suspeita de abater gado paraguaio terão que cumprir exigências para retomar atividades

As indústrias em Mato Grosso do Sul, sob suspeita de estarem abatendo gado de origem paraguaia, só retornarão às atividades normais após cumprirem todas as exigências que passarão a ser feitas por meio de um Termo de Ajustamento de Conduta.

O número de abates de bovinos realizados no ano passado pelos seis frigoríficos instalados na região de fronteira com o Paraguai que tiveram suspensas as emissões de Guias de Trânsito Animal (GTAs), pela Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal (Iagro), supera a marca de meio milhão.

Ontem (24), o secretário de Produção e Turismo, José Antônio Felício, disse que o governo estadual vai ser muito mais duro na fiscalização do trânsito e nos negócios envolvendo bovinos na região da fronteira com o Paraguai.

O secretário fez questão de enfatizar que contra o Frigorífico Bom Charque, de Iguatemi, não há nenhuma prova, “mas por estar na região de fronteira foi incluído na medida suspensiva e voltará à normalidade após firmarmos um Termo de Ajustamento de Conduta”.

Entre outras exigências, o governo quer que as transações de compra, transporte e abate de animais feitas por esses estabelecimentos sejam acompanhadas rigorosamente por um veterinário da Iagro, para que se tenha a garantia de que as normas sanitárias estão sendo todas observadas e a procedência do gado seja nacional.

Já as propriedades rurais suspeitas de envolvimento na falsificação de documentos vão ser vistoriadas e podem ser destinadas à reforma agrária, se comprovada a baixa produtividade e os fins ilícitos.

Ontem (24) foi publicada no Diário Oficial do Estado de Mato Grosso do Sul a decisão de interditar a entrada e saída de bovinos nas seguintes propriedades: Fazenda Lago Azul, em Campo Grande; Fazenda São Joaquim, no município de Água Clara; Fazenda Lageado III, em Ribas do Rio Pardo; Fazenda Rincão do Júlio, em Ponta Porã e duas fazendas de mesmo nome, Tereré, em Porto Murtinho.

Preço atrai

A diferença substancial no preço da arroba do boi, que no lado paraguaio custa R$ 34,00, enquanto no Brasil não sai por menos de R$ 54, tem estimulado a cobiça de alguns empresários, na opinião do secretário.

O problema é que a entrada da carne paraguaia está vetada no Brasil desde outubro do ano passado, quando foi descoberto um foco de febre aftosa em uma propriedade próxima à fronteira. O Paraguai perdeu o certificado de área livre da febre aftosa e qualquer descuido pode levar os importadores a suspeitar do produto de origem sul-matogrossense.

Fonte: Correio do Estado/MS e Campo Grande News (por Fernanda Mathias), adaptado por Equipe BeefPoint

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