A Justiça Federal de Campo Grande (MS) suspendeu em caráter liminar o abate dos animais da Fazenda Bonanza, localizada no município de Eldorado. Apesar de ainda não ter apresentado qualquer exame conclusivo que comprove a existência do vírus da febre aftosa nas cerca de mil cabeças da propriedade, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) decidiu, há cerca de duas semanas, pelo abate.
Essa fazenda é o elo para comprovar a aftosa no Paraná, uma vez que cerca de 400 animais de lá foram trazidos para Londrina, onde foram comercializados em um leilão.
A Fazenda Bonanza é vizinha de cerca da Fazenda Vezzozo, onde foram registrados os primeiros focos da doença no MS. No entanto, até agora, o Mapa não conseguiu e não apresentou nenhum laudo que comprove a aftosa na Bonanza.
A juíza Janete Lima Miguel Cabral, da 2 Vara Federal, determinou que a União e o Estado do Mato Grosso do Sul apresentem os laudos dos exames laboratoriais – sorologia e Pro-bang – realizados nos animais. A Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal (Iagro/MS), inclusive, já liberou a vacinação no local. A Justiça ainda determinou a realização de novos exames nos animais da propriedade e a apresentação, em juízo, dos laudos.
Fonte: Folha de Londrina/PR (por Fernanda Mazzini), adaptado por Equipe BeefPoint
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Pois é. Estamos numa encruzilhada.
Os testes de laboratório podem ser indefinidos em decorrência da vacinação, assim como acontece com a brucelose. Como agravante o incrível Nelore, para o qual a aftosa é uma febrícula sem muita importância.
Fossem taurinos, então a derrocada seria grande e não haveria dúvidas se era aftosa ou não. Mais complicado ainda é o caso dos búfalos que são portadores sem sintomas.
E agora, como fazer se temos um grande rebanho altamente resistente?
O caso é que nossos compradores de carne bovina têm gado altamente suscetível e não querem se arriscar. Disse-me um criador de Holstein na Nova Zelândia: “a maior desgraça que pode acontecer em meu país é aqui chegar a aftosa”.
Por isso vamos ter um prejuízo enorme com os embargos, quer gostemos quer não.
Cumpre entender nossa situação privilegiada de gado resistente; compreender que nem todo o mundo tem Nelore. Então, resta-nos por a mão na consciência e denunciar as aftas, mesmo que causem pouco prejuízo clínico, mas grande prejuízo econômico, além de comprometer nossa imagem!
Digam os entendidos, após me perdoarem se discordantes.
Saudações natalinas.
Que 2006 seja um ano de conhecimento, de entendimento e de ação.