Uma nova suspeita de aftosa em Japorã/MS está sendo investigada pelo Mapa. Há 15 dias começou no município a coleta de sangue de uma amostra do rebanho para verificar se existem ainda animais infectados com o vírus da doença. Exames iniciais não confirmam a contaminação, mas se for confirmada, a doença ressurge sem que o estado tenha encerrado todos os estágios para recuperar seu status de livre de febre aftosa com vacinação.
A secretária da Agricultura de Japorã, Arlene Franco Cavalcante, disse ontem que não recebeu confirmação do Mapa de novo foco no município. Segundo ela, a análise dos animais faz parte do processo de liberação da área após o surto. “Conversei hoje [ontem] com o delegado do Ministério da Agricultura no Estado e fui informada que, entre os 134 exames que já tiveram resultados, nenhum deu positivo”, disse.
Segundo o superintendente do Mapa no estado, José Antonio Felício, o resultado negativo é oficial e veio das autoridades competentes de Brasília. Mas salientou que não é definitivo e que novos exames poderão ser pedidos. “Estamos esperando orientação de Brasília”, informou.
De acordo com a superintendência, a suspeita surgiu durante coleta de rotina em animais da região onde se concentraram os focos registrados em outubro de 2005. Não está claro se os animais que podem estar doentes estão na área que foi infectada no ano passado ou não. Animais apresentaram sintomas de alguma doença vesicular, por isso o material foi enviado rapidamente para análise na unidade de Pernambuco do Lanagro na quinta-feira da semana passada.
“É uma região delicada por causa da fronteira e da existência de assentamentos”, diz o coordenador-geral de Combate a Doenças do Ministério da Agricultura, Jamil Gomes de Souza.
Ontem, o Iagro iniciou a última fase para restabelecer o status de área livre de aftosa com vacinação. Os animais sentinelas (sem imunização) foram levados às propriedades de Eldorado e Mundo Novo. Japorã será a próxima cidade. As informações são de reportagem de Fabíola Salvador, Eduardo Magossi e Agnaldo Brito para O Estado de S.Paulo, da Folha de S.Paulo e de Mauro Zanatta, para o Valor.
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Nota-se que, a qualquer evolução de mercado imediatamente aparece a notícia de aparecimento de “novo caso de aftosa…”
Será que por trás desses “focos…” não se esconde uma orquestração bem ensaiada e executada, para que os preços de mercado voltem para níveis que os “maestros” dessa sinfonia não deixem escapar de suas mãos?
O pecuarista (aquele que realmente produz para o corte) tem que amargar humilhantemente que uma bezerra de desmame valha tanto quanto, ou menos, que uma cabrita de 15 a 17 kg de carcaça. Até quando?