O novo guzerá e o “guzonel” (cruzamento do guzerá com o nelore) são novidades da Expogrande deste ano. Novo guzerá porque a raça vem, com o passar dos anos, corrigindo aqueles fatores que limitavam sua aceitação pelo mercado. Dentre essas limitações estão os chifres grandes e o peito das vacas guzerá, que eram grandes demais e prejudicavam o bezerro na hora de mamar.
Graças ao esforço do criador de guzerá de Campo Grande, o empresário Francisco Maia, nomes importantes do Núcleo Sudeste da Raça Guzerá vieram de São Paulo, com seus animais de elite, para expor na 65a Expogrande. Dentre estes, segundo informou Francisco Maia, estão: a Agropecuária Corona, na pessoa de Amilcar F. Yamin, Dante Ramezzoni, Guzerá da Barra, Beto Neslinger, Irmãos Tonetto, além do Guzerá da Zoom, empresa responsável pela presença marcante da raça na feira deste ano.
Maia é um verdadeiro defensor da raça guzerá e apresentou argumentos fortes para provar sua eficiência. “Nas cinco provas de ganho de peso das raças zebuínas na feira de Sertãozinho (SP), o guzerá venceu quatro. É a raça que tem melhor conversão alimentar, ou seja, transforma mais capim em carne. Também é a raça mais pura dentre as zebuínas e, por isso, quando faz o choque de sangue com outras raças, produz mais heterose”, disse, complementando que, por ser uma raça com aptidão leiteira, os bezerros desmamam mais pesados.
O criador disse que, hoje, o melhor cruzamento deve ser feito entre raças zebuínas. “O touro guzerá é o melhor para cruzar com a vaca nelore. Daí nasce o guzonel, um animal que só difere do nelore tradicional na balança, é mais pesado, tem mais carcaça, mais carne”, garantiu.
Ele destacou que já existe grande rebanho de vacas F1. “Se cruzar essas vacas F1 com o guzerá, se chega ao “tricross”, resultado do cruzamento de três raças, o superprecoce.
No lado comercial, Maia disse que o touro guzerá a campo está tendo uma das melhores liqüidez no mercado.
Fonte: Correio do Estado/MS, adaptado por Equipe BeefPoint