Os pecuaristas sul-matogrossenses aproveitaram a presença do ministro da Agricultura e Pecuária, Roberto Rodrigues, e do secretário executivo do ministério, José Amauri Dimarzio, na Expogrande 2003, para insistir com o pedido de simplificação do sistema de rastreabilidade bovina.
“Atualmente há um congestionamento de dados”, criticou o presidente da Associação dos Criadores de Mato Grosso do Sul (Acrissul), Laucídio Coelho Neto. A proposta do setor pede o rastreamento apenas do animal a ser exportado. “O rastreamento é muito ousado. Convenhamos que rastrear 100% de um rebanho com quase 200 milhões de cabeças gera um fator complicador”, declarou. Na opinião dele, se o Europeu prefere animal de 36 meses, com carcaça de 17 a 18 arrobas, esse tipo de bovino deve ser o foco da rastreabilidade.
A simplificação, segundo Coelho Neto, também passa pela concentração do foco nos estados produtores de carne bovina, como Mato Grosso do Sul, Mato Grosso e Goiás. Os três estados juntos produzem quase 100% de toda a produção de carne brasileira. “O descongestionamento de dados vai baratear o custo da certificação”, previu.
Fonte: Campo Grande News (por Paulo Nonato de Souza), adaptado por Equipe BeefPoint
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Introdução de novas regras sempre causa polemicas contras ou a favor, nós entendemos que a certificação e rastreabilidade não veio em favor do pecuaristas ou frigoríficos e sim do CONSUMIDOR basta verificar o item 1.3 da Instrução Normativa 21 de 26 de Fevereiro de 2002 do MAPA:
1.3. Garantir a segurança dos produtos de origem bovina e bubalina, particularmente dos alimentos para consumo humano, considerando os aspectos de saúde pública e a necessidade de suprimir as fraudes e as práticas desleais de comércio.
Além do mais identificar, certificar e dar condições de rastrear o animal produtor de carne ou leite nada mais é do que mostrar a qualidade do produto é dever de quem produz, logicamente devemos ver como investimento e quem paga no final é o consumidor.
Agora quem vai financiar é outra coisa.
Também deveremos respeitar a ética na execução dos serviços, por que a mania do jeitinho brasileiro poderá comprometer o pecuarista. Ë bom prestar atenção.